A Igreja e a Nação de Israel
Amando o Messias e sua vida, conhecendo mais sobre os princípios de Deus revelados
Vamos entender também, acompanhando passo a passo, a evolução deste mistério de Deus reservado para estes dias que antecederam a vinda do Messias relacionados com o povo judeu e Israel, não só testificando o cumprimento de profecias, mas também conhecendo e desempenhando no tempo determinado a missão de Deus confiada à Igreja gentílica.
Há realmente um grande mistério que devemos entender. Conforme dito por Paulo, não há diferenças entre judeus ou para quaisquer outros povos que estejam
Porém, não podemos confundir salvação individual com os propósitos que Deus reservou para a nação de Israel. Infelizmente, há ainda, devido a grande influência do sistema de Roma, interpretações errôneas quanto aos termos Igreja e Israel, principalmente no que tange aos distintos cumprimentos proféticos. Tenho certeza que lendo esta publicação vamos aprender muito sobre este mistério, como por exemplo, o que o apóstolo Paulo quis dizer no capítulo 11, referente ao versículo... "e assim, todo Israel será salvo"... o assunto é vasto e complexo, porém vamos trata-lo por etapas e bem devagar.
Por outro lado é muito importante entender o movimento dos nossos irmãos em Cristo, denominados "Judeus Messiânicos", distinguindo seu contexto e sua relação com o cumprimento profético da Palavra.
O primeiro capítulo de João diz que Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam, e assim todo aquele crê e recebe Jesus torna-se filho de Deus com direito a todas as promessas, recebendo a bênção de Abraão. Mas, sabemos que Israel como nação se converterá imediatamente após a igreja gentílica ter alcançado sua plenitude, ou seja, os judeus começam a receber Jesus de Nazaré como seu Messias esperado. Para que isto aconteça, a Igreja de Jesus tem que voltar sua atenção para Israel, envolvendo-se no ministério de misericórdia por ele, amando-o orando e intercedendo por ele.
Simplesmente como introdução, gostaria de compartilhar alguns pontos, segundo minha interpretação, por que a Igreja de Jesus deve amar Israel e seu povo? Certamente, existem inúmeras razões ou propósitos para nós cristãos amarmos Israel. Poderia, creio eu, ser até tema de um grande livro. Porém, gostaria de só citar alguns tópicos como:
Assim, no mesmo tempo em que houve a dispersão dos judeus, houve também a expansão da mensagem do Evangelho para o mundo. Da mesma forma, com o regresso dos judeus à sua terra, a Igreja de Jesus também volta sua atenção para Israel. Se fomos nascidos de novo em Espírito, o próprio Espírito nos testifica que somos filhos e co-herdeiros das promessas de Deus reveladas na Palavra de Deus, a Bíblia.
Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? (Is66:8)
"Portanto profetiza, e disse-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel" (Ez37:12).
Israel é o único país cuja criação podemos dizer simplesmente que foi um milagre. Após passar pelos imperadores romanos, os Cruzados da idade média, A inquisição de Roma, os Progons soviéticos, o quase fatal Holocausto, assassinando ca. 6 milhões de judeus na Europa pelas tropas de Hitler, em 15 de Maio de 1948, o remanescente judeu formou o Estado de Israel.
Portanto, cremos em toda a Bíblia, amando-a e vivendo-a a cada dia.
"Orai pela paz de Jerusalém, prosperarão aqueles que te amam". (Salmo 122:6)
Entendendo o enxerto da igreja gentílica na “oliveira” que é Israel (Romanos 11)
Poucos crentes entendem realmente o significado profético de Romanos capítulo 11, escrito por Paulo. Alguns pontos deveriam ser aqui ressaltados:
Primeiro, Deus não rejeitou o povo e a nação de Israel (Rm 11:1-2);
Segundo, existiu, existe e existirá um remanescente segundo a eleição da graça, ou seja, aqueles judeus que creram em Yeshua (Jesus), como os apóstolos no primeiro século, aqueles judeus que se converteram ao longo da história até os dias de hoje e, aqueles que ainda reconhecerão o Messias Yeshua, como o Messias de Israel;
Terceiro, precisamos entender que, excetuando estes judeus messiânicos que hoje estão na graça, o próprio Deus deu aos judeus um espírito de entorpecimento, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje (Rm 11:5). Em seguida, Paulo pergunta: “...Por ventura tropeçaram para que caíssem ? de maneira nenhuma, antes, pelo tropeço veio a salvação dos gentios, para os incitar à emulação.” (Rm11:11). Vejam, tudo está no controle e no plano de Deus. Fico imaginando comigo, o que aconteceria se todos os judeus da época de Jesus tivessem o reconhecido como o Messias de Israel? Será que eles guardariam este segredo na arca a sete chaves e, talvez, não passariam para ninguém mais esta bênção da salvação e da vida eterna? Afinal, ter nossos pecados perdoados pela graça, misericórdia e pela obra da cruz seria algo demasiadamente grande e inacreditável para aquela época em que os mesmos esperavam um Messias que reinassem em glória sobre todas as nações. Mas, Deus conhecia seus corações. E, Paulo, no versículo seguinte nos dá uma tremenda revelação: “Se o tropeço deles (não reconhecer Jesus, como o Messias) foi riqueza para o mundo, e a sua diminuição a riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude” (Rm11:12). Ou seja, se eles errando foram bênçãos para o mundo, imaginem se eles tivessem reconhecido o Messias? No verso 15, o pensamento de Paulo torna-se mais claro: “ Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual seria a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?”.
Ou seja, a humanidade estava no seu paganismo, na idolatria, separada do Deus de Israel, e agora, eles (gentios) poderiam receber o Messias Yeshua e tornarem-se participantes da família de Deus. Mas, Paulo dá agora uma tremenda revelação: Se os judeus admitem que Jesus é realmente o Messias, então, não haverá a vida entre os mortos, ou seja, a ressurreição dos mortos? Segundo muitos teólogos, eles interpretam este versículo como sendo a ressurreição dos mortos em Cristo no Arrebatamento da Igreja ( I Te 4:16) ou o dia do juízo final, quando o Messias já tiver vindo e reinado com os vitoriosos, quando todos os mortos ressuscitarão para prestação de contas com o Senhor. Seja qual for a interpretação correta, podemos concluir que, se os judeus começam a reconhecer Jesus, como Messias de Israel, esta profecia se cumpre, e sua volta, então, é eminente, não é mesmo? A humanidade, como já dito, estava sem esperança, separada da casa de Israel (Ef.2: 12). Mas, Yeshua veio para o seu povo e parte dele não o reconheceu como o Messias (Jo 1:12). Que fez Deus, então? Fez com que aqueles “galhos” (judeus que não reconhecerão Jesus como o Messias) cedessem lugar aos crentes gentios de qualquer outra nação. Assim, a oliveira, o Israel espiritual de Deus, é uma “árvore” que só têm crentes.
A raiz da “oliveira” está constituída pelos nossos pais da fé, Abraão, Isaac e Jacó. Depois, seguindo a história, temos a formação do povo hebreu, os reis de Israel, as 12 tribos, os profetas e, finalmente, Yeshua, o Messias. Quando este morreu na cruz, ressuscitou, desceu ao Sheol (lugar dos mortos) trouxe consigo todos aqueles que nele creram e foram salvos. Por isso, eu disse, que nesta “oliveira” agora há muitos ramos que são crentes, tantos gentios como judeus. No lugar dos galhos quebrados foi enxertado o povo gentio que Paulo o chama de zambujeiro, ou seja, mato, árvore sem qualidade de fruto. Pois, somente na pessoa do Messias pode-se produzir frutos (do espírito) claro! ( veja Gálatas 5:22).
Assim, juntos com os judeus crentes, os zambujeiros, agora enxertados na oliveira, começam a participar ou a receber a mesma seiva (bênçãos), formando, assim, o Israel de Deus. E, o que acontece agora? A Igreja de Yeshua, formada de judeus e não judeus podem no Messias dar frutos, participando da mesma raiz, onde o fundamento de nossa fé está galgado nos profetas (do Antigo Testamento), nos apóstolos e na pedra Angular, que é o próprio Messias Yeshua (Efésios 2:20).
É tremendamente profundo entender o significado desta oliveira, não é mesmo? Agora, você crente entender que mesmo não sendo judeu, ramo natural da oliveira, pode ser beneficiado através de muitas leis, como a dos dízimos, por exemplo. Por um acaso não é o dízimo um estatuto do Antigo Testamento (Lei) somente aplicado ou válido para os da Casa de Israel? Aonde está no Novo Testamento o estatuto do dízimo ordenado para a igreja gentílica? Não encontramos. Mas, pode ou não pode a igreja se beneficiar da bênção do dízimo? Resposta:- sim, pode. A igreja não judaica (gentílica) só pode pedir dízimos em suas igrejas porque seus membros
Os teólogos afirmam haver mais de 5.000 bênçãos só no Antigo Testamento. E se este número for verdadeiro, posso afirmar a você que qualquer crente, judeu ou não, que está enxertado através de Cristo nesta Oliveira, torna-se automaticamente participante de mesma seiva, podendo receber desta toda sorte (sortimento) de bênçãos que o Eterno quer que esteja disponível para todos os salvos. Aliás, até os não salvos podem se beneficiar se guardarem ou observarem alguma destas leis dadas ao povo judeu. Por exemplo, uma pessoa mesmo sendo incrédula que guardar a lei de honrar pai e mãe, com certeza terá seus dias de vida prolongados. O que muitos cristãos não entendem é que as leis universais estão disponíveis para todos. Elas não tem o propósito de salvar, necessariamente, ou de trazer a eternidade, as quais recebemos só através da graça e da fé em Jesus, mas estas leis nos trazem qualidade de vida, além de revelar-nos o caráter do Deus Pai e de seu Filho Yeshua.
A pergunta que faço agora é: Não é hora dos crentes buscarem toda sorte de bênçãos que eles têm por direito, por que só parar nas leis do dízimo e da prosperidade? Será que a hora agora não é de SER a seiva e não só TER a seiva (Bênção)?
UMA ADVERTÊNCIA DE PAULO AOS CRENTES ENXERTADOS
Paulo exorta aos crentes gentios no versículo 21 dizendo: ...”Não te ensoberbeças, mas teme; porque Deus não poupou os ramos naturais, não te poupará a ti. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus; para com os caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário, também tu serás cortado.”
Em outras palavras, a igreja gentílica de hoje é tremendamente ensoberbecida da graça de Deus. Tudo é graça; faz tudo em nome da graça; compra tudo em nome da graça; até se contamina também com o mundo em nome da graça, mas se esquece que a graça não é de graça. Há um preço a ser pago. O texto acima diz que Deus é bondoso, mas é também severo. Se você permanece na Sua bondade, ou seja, obediente à Sua Palavra e à Sua lei (muitos acham que pelo fato de terem sido enxertados pela graça, estão totalmente isentos do compromisso com os princípios das leis do Antigo Testamento. Eu disse, princípio, e não debaixo do legalismo da lei), então, a bondade Dele se manifesta
Assim, podemos concluir que há uma promessa de salvação para todo o Israel de Deus. Não há uma promessa de salvação para o Brasil, Estados unidos, ou para algum país da Europa. Mas, há uma promessa para Israel e o povo judeu. Por isso, a igreja gentílica de Jesus precisa ajudar Israel e trabalhar para a salvação dele.
Creio que o movimento de viagens de turismo a Israel tem aumentado nos últimos dez anos e ainda aumentará ainda mais. Imaginem todos os crentes tendo esta consciência do enxerto, profetizando, orando, gemendo e ajudando Israel a entrar nas “dores de parto”, dando a luz, filhos judeus convertidos ao senhorio de Yeshua. Este é o ministério de misericórdia que a Igreja gentílica precisa ter pela terra de Israel e pelo seu povo. Os gentios crentes vieram deles, galhos que foram quebrados para que você fosse enxertado. Mas agora é hora de enxertá-lo na sua própria “oliveira”.