Vivemos em um mundo onde as religiões causam confusões na mente de muitas pessoas mal esclarecidas, por isso precisamos de um estudo esclarecedor à luz da bíblia.
1) A Palavra de Deus prevê o aparecimento
A própria Bíblia Sagrada nos alerta sobre o aparecimento de religiões, seitas falsas e heresias.
O próprio Jesus é quem nos admoesta:
Mt 24.11,24 - “... levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos: porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”.
O apóstolo Paulo é quem nos adverte:
ITm 4.1 - “... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”.
O apóstolo Pedro também nos adverte:
IIPe 2.1-3 - “Assim, como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim, também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo, sobre si mesmos, repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles, o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme”.
2) O que é uma heresia? Uma religião falsa? Ou uma seita falsa?
Heresia - Derivada da palavra grega “haíresis”, significa escolha, doutrina oposta aos ensinos divinos e que promove divisões.
Seita - Na prática, uma religião ou doutrina fundamentada em heresias. As seitas possuem características que permitem a sua identificação.
3) Que fatores favorecem o seu surgimento e evolução?
O homem é um ser, por natureza, religioso; Deus o fez assim. Onde quer que se encontrem seres humanos, há vestígios de religião. A Palavra religião vem do latim “religare”, o que dá idéia de que o homem está separado de Deus. Na sua busca, se o homem não for conduzido à religião verdadeira, certamente inventará uma para si próprio, ou se apegará a uma outra que lhe for proposta com entusiasmo e veemência, por qualquer pessoa.
3.1) A ação diabólica no mundo
O mundo está sendo preparado para o reinado do Anticristo.
IITs 2.7 - “Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém”.
3.2 A ação diabólica na igreja
Nem todos os que estão na igreja fazem parte do Corpo de Cristo.
Mt 13.25 - “... mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se”.
At 20.29-30 - “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles”.
3.3) A ação diabólica contra a Palavra de Deus
Satanás cega o entendimento do homem, além de roubar-lhe o que foi semeado.
IICo 4.3-4 - “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.
IITm 4.3-4 - “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças. Como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.
Mt 13.19a - “A todos os que ouvem a palavra do reino, e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração”.
3.4) A falta de ensino da Palavra
A Palavra de Deus tem sido pregada, mas não tem sido tão ensinada como devia. Jesus pregava e ensinava, e as multidões se maravilhavam com a sua doutrina. Pregar a Palavra, sem ensiná-la, é preparar o terreno para o surgimento de doutrinas falsas.
Mt 22.29 - ”Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”.
3.5) A interpretação distorcida das Escrituras
Isso tem levado muitos fiéis a práticas que são contrárias à Palavra de Deus. Há pregadores que difundem suas próprias idéias, afirmando ser a Palavra do Senhor.
Jr 23.16 - “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam, e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor”.
IIPe 2.3 - “... também movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo, não tarda, e a sua destruição não dorme”.
3.6) A falta de conhecimento da verdade bíblica
O desconhecimento da Palavra de Deus fará com que você nunca conheça, verdadeiramente, a pessoa de Jesus.
Jo 8.31-32 - “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
3.7) A falta de maturidade espiritual
Muitos têm se aventurado pelo desconhecido; às vezes, por mera curiosidade.
Ef 4.14 - “... para que não mais sejamos meninos, agitados de um lado para o outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”.
4) Como se identifica uma heresia?
Estão enganados aqueles que acreditam que o diabo se apresenta de garfo, chifres, pés de cabras e soltando fogo pelas narinas. Satanás age de acordo com o ambiente, cultura e determinação de cada um. Inteligente, ardiloso e cheio de astúcia, e juntamente com seus anjos, os demônios, o diabo procura apresentar-se ao homem por intermédio do próprio homem, e tem por finalidade afastá-lo cada vez mais do seu Criador.
Uma das principais estratégias de Satanás é a de, não podendo destruir a Bíblia Sagrada nem contestá-la, procurar fazer a Palavra de Deus cair em descrédito, escondendo ou torcendo as suas verdades. Estão aí milhares de religiões e falsas seitas, todas fundamentadas em filosofias e pensamentos humanos, numa tentativa inútil de querer realizar aquilo que cabe a Deus – estabelecer as condições e métodos para a redenção da humanidade.
As heresias são identificadas por quatro aspectos:
4.1) Desarmonia com a Bíblia
No trato com as doutrinas da Bíblia, os argumentos podem ser classificados em:
a) Bíblico – É extraído da Bíblia, dentro da interpretação correta e lógica. Jesus fez isso quando falou de sua missão.
Lc 4.16-22 - “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num Sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José?”.
b) Extra-bíblico – Não tem base bíblica, e, contudo, não entra em choque com a Palavra de Deus. É necessária uma certa dose de segurança por parte de quem o está utilizando.
At 17.28 - “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração”.
c) Anti-bíblico – Fere, torce, subtrai, acrescenta ou, mesmo, choca-se com as verdades anunciadas na Palavra do Senhor. Geralmente são baseados em versículos isolados, não se observando o contexto geral.
4.2) Unilateralidade da apreciação doutrinária
Geralmente, é característica da heresia “escolher” uma doutrina para nela descarregar suas atenções, em detrimento das outras.
Por exemplo:
- Afirma-se a divindade de Cristo, esquecendo sua humanidade.
- Fala-se da unidade de Deus, sem contudo se falar na Trindade.
- Anuncia-se o Cristo ressurreto, e despreza-se o Cristo da cruz, o da carne.
4.3) Contradição com os fatos
Muitas doutrinas e histórias com base em fatos insuficientes; desacreditam os ensinamentos bíblicos, baseados em fatos reais. Infelizmente, muitos bons cristãos têm mergulhado em situações deste gênero. Pedro chama a isto de fábulas engenhosamente inventadas - II Pe 2:16
5) Como se identifica uma seita?
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:
- A Bíblia Sagrada, a Pessoa de Jesus, a queda do homem e o pecado, a Pessoa e a obra de Cristo, a salvação e, por fim, sobre o porvir.
Além disso, as seitas têm características que lhe são muito comuns, dentre as quais destacamos:
5.1) Jesus não é o centro das atenções, ou seja, não são Cristocêntricas
A divindade de Jesus e, conseqüentemente, os seus atributos divinos são subestimados. Geralmente, Jesus é substituído por um outro deus ou profeta, ficando em posição secundária.
5.2) Possuem outras fontes doutrinárias além da Bíblia
Crêem, apenas, em parte da Bíblia. A Bíblia, que é um todo, por vezes é dividida. Outros escritos são aceitos como inspirados divinamente: de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa dose daquilo em que crêem. Por vezes, a Bíblia é totalmente desacreditada, e muitas restrições a ela são feitas.
5.3) São os únicos certos
Não importa há quanto tempo foram fundadas – há 5, 10, 20 ou 100 anos. São as únicas certas, e ai daqueles que não se deixarem guiar pelas suas cartilhas! Tais pessoas deveriam, ao menos, ter o cuidado de serem tão presunçosas. São os únicos que têm a revelação de Deus.
5.4) Contrariam os princípios de interpretação da Bíblia Sagrada
Esta é uma das formas mais comuns de identificação de uma seita: interpretam um texto ou versículo isolado da Bíblia, distorcendo a verdade, dando um sentido contrário à Palavra de Deus. Por vezes, muitas pessoas bem intencionadas são levadas a fundar seitas, porque não observaram as regras de interpretação ditadas pela “hermenêutica” e pela “exegese”. O contexto não é levado em conta.
5.5) Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação
Não somente ensinam os homens a se salvarem, mas prometem uma salvação inteiramente naturalista. Pelo seu bom comportamento e pelas suas obras, o homem alcançará a sua salvação. Isso é o que ensinam as seitas falsas.
5.6) São proselitistas
Uma das principais características das falsas seitas é “pescar no aquário dos outros”. Fazem seus neófitos não entre os doentes, aflitos, desesperados ou necessitados. Aproveitam a fé de que já é possuído aquele que têm em mira e, com um pouco de sutileza, conseguem desencaminhar para o seu meio, até mesmo, muitos bons cristãos.
6) Quais os propósitos deste estudo?
6.1) Impedir o retrocesso do cristão, proporcionando, ao mesmo tempo, um aumento da sua fé de estar no caminho certo
Ap 3.11 - “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.
IITm 1.12-14 - "... e, por isso, estou sofrendo estas coisas, todavia não me envergonho; porque sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós”.
Ef 4.14 - “... para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para o outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”.
Jo 6.67-68 - “Então perguntou Jesus aos doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”.
6.2) Preparar o cristão para responder acerca da sua esperança
IITm 2.15 - “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
IPe 3.14-15 - “Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”.
6.3) Conscientizar o cristão da sua responsabilidade
Ef 6.14-17 - “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai, também, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.
IITm 4.1-4 - “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.
Rm 10.14 - “Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”.
6.4) Tornar o cristão apto para a instrução, sempre disciplinando com mansidão os que se opõem.
IITm 2.24-26 - “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda, não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas, também, o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do Diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade”.
Jd 22-23a - “E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida – sauvai-os, arrebatando-os do fogo - ...”.
6.5) Denunciar que a verdade de Deus foi transformada em mentira, através da comparação das doutrinas das seitas com o que diz a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.
As seguintes passagens devem ser lidas com muito vagar e atenção total:
Jo 17.17 - “Santifica-os na verdade: a tua palavra é a verdade”.
Rm 1.25 - “... pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”.
Pv 30.5-6 - “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso”.
O Sabatismo não é, como muita gente pensa, “uma denominação igual às outras, com uma única diferença de guardar o Sábado”. É, sim, uma seita falsa, perigosa, que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos, no que se refere às doutrinas cristãs ou interpretações de profecias.
Histórico
Interpretando a profecia
No princípio do século XIX, quando pouca ênfase era dada à Segunda vinda de Cristo, Guilherme Miller, pastor batista em Nova Iorque, Estados Unidos, dedicou-se ao estudo e pregação deste assunto. Ao ler Daniel, concluiu:
Dn 8.14 - “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado”.
Baseado neste versículo, Miller concluiu que cada dia representava um ano, ou seja, dois mil e trezentos anos, e, tomando o regresso de Esdras do cativeiro, no ano 457 AC, como ponto de partida, entendeu que Cristo voltaria a terra, em pessoa, no ano de 1843, a 21 de março. Tão grande foi o impacto da revelação de Miller que, muitos crentes, vindo de diversas Igrejas, doaram suas propriedades, abandonaram os seus afazeres e se prepararam para receber o Senhor, no dia 21 de março daquele ano. O dia chegou, mas Jesus não veio.
Alegando erro de cálculo (utilizou-se do calendário hebraico, em vez do romano), Miller fez nova previsão. A nova data seria exatamente um ano depois; 21 de março de 1844. Novamente falhou. Miller fez, então, sua última previsão: 22 de outubro do mesmo ano. Novamente falhou a previsão de Miller, e Jesus não voltou. Seus seguidores, aproximadamente 100 mil, sofreram nova decepção.
Miller reconhece seu erro
Guilherme Miller deu toda prova de sinceridade, confessando, simplesmente, que havia se equivocado em seu sistema de interpretação da profecia bíblica.
Nesse tempo, ele mesmo declarou: Acerca da falha da minha previsão, expresso francamente o meu desapontamento... Esperamos naquele dia, a chegada pessoal de Cristo; e, agora, dizer que não erramos, é desonesto! Nunca devemos ter vergonha de confessarmos nossos erros abertamente.
Miller errou, porque não considerou o que está escrito no mesmo livro.
Dn 8.26 - “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira ...”.
E mais: O próprio Jesus disse que, a respeito do dia da sua volta, ninguém sabe.
Mt 24.36,42-44 - “Mas, a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai; Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai, também, vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá”.
Novas tendências
Apesar de Miller reconhecer seu erro, nem todos os seus seguidores estavam dispostos a abandonar essa mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem de Miller. Segundo a “revelação” que teve Hiram Edson, fervoroso discípulo e amigo de Miller, este não estava equivocado quanto à data da vinda de Cristo – 22/10/1844 -, mas quanto ao local. Jesus, segundo esta revelação, havia entrado no santuário celestial, não no terrenal, para fazer, ali, uma obra purificadora.
Miller se afasta
Guilherme Miller não aceitou essa interpretação nem seguiu ao novo movimento. E declarou: “Não tenho confiança alguma nas novas teorias que surgiram no movimento; isto é, que Cristo veio como Noivo, e que a porta da graça foi fechada; e que, em seguida, a sétima trombeta tocou, ou que foi, de algum modo, o cumprimento da sua vinda”. Miller morreu a 20 de dezembro de 1849, permanecendo como cristão humilde e consagrado, na esperança de estar, em breve, com o Senhor. Miller fez sua previsão da volta de Jesus em 1818, e morreu com 68 anos incompletos.
A organização da nova seita
Aqueles que resolveram dar continuidade à revelação de Miller se uniram e formaram o que, hoje, é conhecido como “Adventismo do Sétimo dia”. Foram três os grupos que se uniram, sendo que cada qual deu a sua contribuição.
Hiran Edson, com sua revelação a respeito do santuário celestial.
Joseph Bates, com o seu legalismo: guardava o Sábado em vez do Domingo.
E, por fim, a senhorita Helen Harmon (mais tarde, senhora White), que dizia ter o espírito da profecia. A senhora White exerceu por mais de meio século influência predominante no estabelecimento e no desenvolvimento da nova Igreja.
Os sabatistas misturam algumas verdades bíblicas com seus abundantes erros. Citam a Bíblia Sagrada, porém sem o cuidado de examinar o contexto, daí poderem enganar a muitos que se lançam com sinceridade em busca da verdade. Suas interpretações acerca de profecias e doutrinas esbarram na hermenêutica e na exegese, pois não respeitam as regras estabelecidas por estas e crêem naquilo que querem crer, sem aceitar o diálogo.
Os livros da senhora White são “inspirados” divinamente
Os adventistas, que têm este nome por causa da doutrina da vinda de Cristo, consideram como inspirados divinamente os livros da Sra. White, e no mesmo nível da Bíblia Sagrada, a qual citam, apenas para comprovar o que ensinam, sempre em cima de versículos ou passagens isoladas. O livro “O conflito dos séculos”, que é considerado a obra-primada Sra. White e recomendado amplamente, já foi editado em 31 idiomas, e mais de dois milhões de exemplares vendidos. As suas obras de maior destaque são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Vereda de Cristo e O desejado de Todas as Nações. Os seus periódicos de maior circulação são: Vida e Saúde e Atalaia.
Pv 30.5-6 - “Toda palavra de Deus é pura: ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso”.
Esta teoria diz que Jesus veio em 22 de outubro de 1844, ao santuário do céu, para purificá-lo, o que ainda está fazendo; depois, sim, virá a Terra.
- O atual trabalho de Jesus é o de intercessão, e não de purificação.
Hb 9.24 - “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”.
Hb 7.25 - “Por isso, também, pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
Rm 8.34 - “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e, também, intercede por nós”.
- Jesus, na verdade, entrou no santuário do céu, não em 1844, mas 40 dias após a sua ressurreição, quando ascendeu ao céu.
At 1.1-3 - “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos, por intermédio do Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes, também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus”.
Conforme o ensino sabatista, Jesus continua ocupado com a obra de expiação. Só que Jesus já fez todo o trabalho de expiação:
Hb 1.1-3 - “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se, à direita da Majestade, nas alturas”.
Hb 10.12 - “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus”.
Os adventistas dividem a Lei em moral e cerimonial. Ensinam que o cerimonial foi abolido por Cristo, mas que a moral permanece. Esta distinção não é encontrada na Bíblia. Em várias passagens bíblicas, chama-se de “lei” tanto o que está no decálogo como o resto.
Rm 7.7 - “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: não cobiçarás”.
- O pentateuco é chamado Lei de Moisés
Lc 24.44 - “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
- É citado do Livro de Números
Mt 12.5 - “Ou não lestes na lei que, aos sábados, os sacerdotes, no templo, violam o Sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo:”.
- Jesus não perguntou: De qual Lei ?
Mt 22.35-40 - “E um deles, intérprete da lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande mandamento e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.
Aqui, Jesus cita uma passagem do Salmo 82.6 e chama de “Lei”.
Jo 10.34 - “Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse sois deuses?”.
A parte mais importante da Lei não é o decálogo, ao qual os adventistas chamam Lei Moral. Nenhum dos dois mandamentos citados por Jesus se acham no decálogo; o primeiro se acha em Deuteronômio 6.5, enquanto o segundo, em Levítico 19.18. Jesus afirma, peremptoriamente, decisivamente, que toda a Lei depende destes dois mandamentos.
O Adventismo do Sétimo Dia (o próprio nome já é uma referência à guarda do sábado) ensina que se deve guardar o sábado e não o domingo. A Sra. White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus, enquanto que a do domingo será o selo do Anticristo.
Essa doutrina foi trazida por Joseph Bates. Contudo, ela ganhou peso quando a Sra. White alegou ter recebido uma revelação, segundo a qual Jesus descobriu a Arca do Concerto e ela pôde ver, dentro, as tábuas da Lei. E para sua surpresa, o quarto mandamento, a guarda do sábado, estava em destaque, no centro, rodeado de uma auréola de luz.
Só que, dos dez mandamentos registrados em Êxodo 20, o Novo Mandamento ratifica, cita, confirma, apenas nove, e excetua, exatamente, o quarto mandamento, a guarda do Sábado. Veja na tabela a seguir:
Mandamentos
Antigo Testamento
(Êxodo 20)
Novo Testamento
Primeiro
Versículos 2 e 3
ICo 8.4-6 e At 17.23-31
Segundo
Versículos 4 a 6
ICo 10.10-14 e IJo 5.21
Terceiro
Versículo 7
Tg 5.12
Quarto
Versículos 8 a 11
Sem referência
Quinto
Versículo 12
Ef 6.1-3
Sexto
Versículo 13
Rm 13.9
Sétimo
Versículo 14
ICo 6.9-10 e Rm 13.9
Oitavo
Versículo 15
Rm 13.9 e Ef 4.28
Nono
Versículo 16
Cl 3.9
Décimo
Versículo 17
Rm 13.9 e Ef 5.3
Portanto, em nenhum lugar do Novo Testamento é encontrado o mandamento de guardar o sábado.
O sábado ou o domingo? É possível alguém cumprir a Lei, sem guardar o sábado? Quando estudamos a vida e o ministério terreno de Jesus, obtemos a resposta a esta questão.
Mt 5.17 - “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir”.
Jesus irritava-se diante do legalismo frio e morto dos judeus, para satisfazer a letra da Lei. Quanto mais o homem buscava a perfeição, através do cumprimento da Lei, mais imperfeito se manifestava. Até que veio Jesus, como enviado de Deus, para cumprir a Lei em nosso lugar, o que coroou pelo ato da sua morte vicária na cruz.
Segundo diz a Bíblia, Jesus:
-Teve o seu nascimento prometido, segundo a Lei.
Dt 18.15-19 - “O Senhor teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim: a ele ouvirás; segundo tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, quando reunido o povo: Não ouvirei mais a voz do Senhor meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o Senhor me disse: Falaram bem aquilo que disseram. Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhes ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas”.
- Nasceu sob a Lei.
Gl 4.4 - “... vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, ...”.
- Foi circuncidado, segundo a Lei.
Lc 2.21 - “Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido”.
- Foi apresentado no templo, segundo a Lei.
Lc 2.22-24 - “Passados os dias da purificação deles, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito ao Senhor será consagrado; e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida lei: Um par de rolas ou dois pombinhos”.
- Foi odiado segundo o que está escrito na Lei.
Jo 15.25 - “Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo”.
- Foi morto, segundo a Lei.
Jo 19.7 - “Responderam-lhe os judeus: Temos uma lei e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus”.
- Viveu, morreu e ressuscitou, segundo a Lei.
Lc 24.44-46 - “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia”.
Apesar de Jesus ter cumprido a Lei, e a Lei se cumprir na pessoa d’Ele, lê-se em Jo 5.16-18, que Jesus era perseguido porque violava o sábado.
Jesus abole o sábado, afirmando:
Mc 2.27-28 - “E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é Senhor também do sábado”.
Algumas razões porque guardamos o domingo, em vez do sábado:
- Jesus ressuscitou num domingo.
Mc 16.9 - “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo, no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios”.
- Ressurreto, Jesus se manifestava aos domingos.
Lc 24.13,33-36 - “Naquele mesmo dia, dois deles estavam no caminho para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho, e como fora por eles reconhecido no partir do pão. Falavam, ainda, estas cousas, quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco”.
Jo 20.13-19,26 - “Então lhes perguntaram: Mulher, por que choras? Ele lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Rabôni! Que quer dizer, mestre. Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos, e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! e contava que ele lhe dissera estas coisas. Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! Passados oito dias, estavam, outra vez, ali reunidos os seus discípulos e Tomé com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
- O Espírito Santo desceu num domingo.
Lv 23.15-16 - “Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então trareis nova oferta de manjares ao Senhor”.
At 2.1-4 - “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”.
- O primeiro sermão foi pregado no domingo.
At 2.14,41 - “Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. – Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados; havendo um acréscimo, naquele dia, de quase três mil pessoas”.
- No primeiro dia da semana, num domingo, Cristo veio ao apóstolo João, na Ilha de Pátmos.
Ap 1.10 - “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim grande voz, como de trombeta, ...”.
Além da doutrina da guarda do sábado, o Adventismo do Sétimo Dia diverge dos Evangélicos em mais três pontos de capital importância. E são: O estado da alma após a morte, o destino final dos ímpios e de Satanás, e a obra da expiação.
- O estado da alma após a morte
Os Adventismo ensina que, após a morte do corpo, a alma é reduzida ao estado de silêncio, de inatividade e de inteira inconsciência, isto é: entre a morte e a ressurreição, os mortos dormem. Este ensino contradiz, principalmente, dois textos:
Lc 16.19-30 - “Ora, havia certo homem rico, que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia, também, certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu, também, o rico, e foi sepultado. No hades, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro, no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem, também, para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão”.
Este texto registra a história de um rico e de um mendigo, chamado Lázaro; ela mostra que o rico, estando no hades:
- Levantou os olhos e viu Lázaro no seio de Abraão (Versículo 23).
- Clamou por misericórdia (Versículo 24).
- Teve sede (Versículo 24).
- Sentiu-se atormentado (Versículo 24).
- Rogou em favor de seus irmãos que ficaram aqui na Terra (Versículo 27 e 28).
- Ainda tinha seus irmãos em lembrança (Versículo 28).
Ap 6.9-10 - “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”.
Este texto trata da abertura do quinto selo, quando João viu debaixo do altar “as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam”. Segundo o registro de João, elas:
- Clamavam em grande voz (versículo 10).
- Questionavam o Senhor (versículo 10).
- Reconheceram a soberania do Senhor (versículo 10).
- Lembravam de acontecimentos da Terra (versículo 10).
- Clamavam por vingança divina contra os ímpios (versículo 10).
As expressões dormir ou sono, usadas na Bíblia para tipificar a morte, falam da total inoperância dos mortos para com os acontecimentos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do ambiente onde estão as almas desencarnadas. Assim como o subconsciente continua ativo, enquanto o corpo dorme, a alma do homem não cessa sua atividade, quando o corpo morre.
Ec 9.6 - “Amor, ódio e inveja, para eles, já pereceram; para sempre não têm eles parte em cousa alguma do que se faz debaixo do sol”.
A palavra de Cristo, na cruz, ao ladrão arrependido:
Lc 23.43 - "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”.
à Uma prova da consciência da alma, imediatamente após a morte. O que dorme, na verdade, é o corpo e não a alma.
Mt 27.52 - “... abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram;”.
Dn 12.2 - “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão; uns, para a vida eterna, e outros, para vergonha e horror eterno”.
Spicer, um dos mais lidos escritores adventistas, escreve: “O ensino positivo da Sagrada Escritura é que o pecado e os pecadores serão exterminados para não mais existirem. Haverá um novo Universo limpo, quando estiver terminada a grande controvérsia entre Cristo e Satanás”.
Não vai acontecer aniquilamento. Morte e separação são coisas distintas de aniquilamento. Morte física é a separação do espírito do corpo. Morte espiritual é a separação do espírito do homem de Deus (é o caso de uma pessoa sem Jesus). Morte eterna é a separação para sempre ou banimento do espírito, no corpo ressuscitado, da presença e influência de Deus.
- Para os dois primeiros tipos de morte
Gn 2.17 - “... mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
ITm 5.6 - “... entretanto, a que se entrega aos prazeres, mesmo viva, está morta”.
Ef 2.1 - “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, ...”.
Lc 15.32 - “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
- Para a morte eterna
Mt 25.41,46 - “Então, o Rei dirá, também, aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”.
Mc 9.42-48 - “E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado ao mar. E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida, do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado, do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno [onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos, do que, tendo os dois, seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”.
IITs 1.8-9 - “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e Acaia, mas por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar cousa alguma; pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro,...”.
Ap 14.10-11 - “... também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem, e quem quer que receba a marca do seu nome”.
à O destino de Satanás, também, é o sofrimento eterno. Ele não vai ser aniquilado, destruído. O Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.
Ap 20.10b - “... serão atormentados, de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”.
Portanto, a Bíblia deixa claro que não haverá nenhum tipo de aniquilamento, e, sim, o lago de fogo com enxofre, que estará esperando por todos aqueles que desobedecerem ao Evangelho de Jesus Cristo, os que serão banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.
A expiação dos pecados, segundo a doutrina adventista, é feita tanto por Jesus como por Satanás. Baseados em Lv 16.5-10,15,21, os sabatistas declaram que o primeiro bode, o sacrificado, é tipo de Cristo, enquanto que o outro, o bode emissário, representa Satanás. Afirmam que Deus lançará o pecado dos remidos sobre o Diabo, que irá para o inferno, onde será aniquilado pelo fogo.
A verdade é que os dois bodes representam as duas fases da expiação de pecados:
A primeira - A oferta pelo pecado, através do bode que morre (Hb 9.28).
A segunda - A transferência do pecado, o bode emissário (Is 53.6).
Lv 16.5-10,15,21 - “´Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para a oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto. Arão trará o novilho da sua oferta pelo pecado, e fará expiação por si e pela sua casa. Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. Lançará sortes sobre os dois bodes: uma para o Senhor, e a outra para o bode emissário. Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair a sorte, para o Senhor, e o oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário, será apresentado vivo, perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto, como bode emissário.
Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; espargi-lo-á no propiciatório, e, também, diante dele.
Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados: e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão dum homem à disposição para isso”.
Hb 9.28 - “... assim, também, Cristo, tendo-se oferecido uma vez, para sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
Is 53.6 - “... mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos;”.
Sl 103.12 - “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões”.
Portanto, é um grande absurdo supor que o Diabo é quem vai levar sobre si o pecado, pois a Bíblia diz que foi Jesus quem levou sobre si os nossos pecados.
IPe 2.24 - “... carregando, ele mesmo, em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados”.
Como pudemos observar, o Adventismo do Sétimo Dia é uma seita perigosa para o cristão desinformado, desconhecedor das verdades bíblicas, isso porque os sabatistas fazem uso da Bíblia com um só propósito: confirmar as suas doutrinas através da “escolha” (heresia) de algumas passagens e versículos, fugindo totalmente das verdades bíblicas, conduzindo muitos ao engano, à condenação eterna.
Adventismo, Sabatismo, não é uma denominação cristã. Jesus não tem nada a ver com Satanás.
Jo 14.30 - “Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim”.
Cuidado, aí vêm os adventistas, os sabatistas, eles nada têm em nós, os evangélicos, os amantes da Bíblia Sagrada.
As seitas Orientais estão invadindo o ocidente, principalmente o Brasil. E o homem ocidental tem sido atraído pelo pensamento oriental. Os orientais vivem em harmonia com a natureza, respeitam a vida animal e procuram voltar-se para o mais profundo do seu ser; por isso é dada importância à Ioga e à meditação transcendental.
O pensamento oriental admite o homem como parte do todo, que chamam de “alma universal”. Para o oriental, pecado é ignorância, é fonte de descontentamento por não possuir todas as coisas, como bens materiais, idéias, amizades pessoais; e, a frustração, por não possuí-las, só pode ser vencida através da introspecção espiritual, afirmam os orientais.
A centralização da maneira de pensar dos orientais está no ser e no alívio para o seu sofrimento. Essas novas seitas, de fundo budista, oferecem um verdadeiro coquetel religioso, em que cada um pode saborear o gosto de uma proposta religiosa, de acordo com seus anseios ou problemas, sem se comprometer, expressamente, com uma doutrina determinada.
As seitas orientais têm alcançado um espantoso crescimento porque estão em conformidade com o pecado humano. Praticam atos pecaminosos. Seus adeptos são zelosos, praticantes e disseminadores de suas heresias. E, além de não medirem esforços no trabalho, o fazem com certa autoridade. Para melhor compreendermos as seitas orientais e seus pensamentos, passaremos à análise do Budismo, apresentando seu histórico, suas doutrinas e pensamentos heréticos, naturalmente refutados pela Palavra de Deus.
As transformações sociais ocorridas na Índia, por volta dos séculos VII e VI a.C., possibilitaram o florescimento de novas ideologias religiosas, dentre as quais se destaca o Budismo, que, alheio a qualquer divindade ou ajuda exterior, fez do próprio ser humano a única fonte de salvação.
O que é o Budismo? Budismo é a denominação dada pelos ocidentais ao sistema religioso fundado, na Índia, por Siddhartha Gautama, dito Sakya Muni, o Buda, do Sânscrito – uma das mais antigas línguas clássicas da Índia – “Buddha”, que significa “Desperto, Iluminado”. No oriente, é denominado Buddha-marga (Caminho de Buda) ou Buddha-dharma (Lei de Buda) ou Sad-dharma (Lei correta ou perfeita). Visa a realização plena da natureza humana e criação de uma sociedade perfeita e pacífica.
ICo 13.10 - “Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte, será aniquilado”.
A tradição budista admite que, além de Siddhartha Gautama, que nasceu em Kapilavastu, atual Rumindei, Nepal, em 563 a.C., e que morreu em Kusinara, atual Kasia, Índia, em 483 a.C., outros Budas tenham vivido, sem se darem a conhecer. Todo aquele que busca a iluminação, bem como os que depois de conseguí-la, dedicam-se a salvar o próximo, tornam-se Bodhisattvas (Budas).
Sl 19.8 - “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos”.
O Budismo é uma religião tão falsa, como as outras que temos estudado até aqui. Surgindo em meio às confusões religiosas e herdando a milenar sabedoria dos Vedas – conjunto de textos sagrados (hinos laudatórios, formas sacrificiais, encantações e receitas mágicas), que constituem o fundamento da tradição religiosa (do Bramanismo e do Hinduismo) e filosófica da Índia, o Budismo é um misto de filosofia e espiritismo, que visa endeusar o homem.
Buda não se dizia de origem divina, mas a lenda fala de um nascimento miraculoso. Sua mãe, Maya ou a grande Maya (Mahamaya), sonhou que um pequeno elefante, branco como a prata, penetrou-lhe o ventre pela ilharga, acontecendo dessa forma a concepção de Buda. E sem causar nenhum sofrimento à sua mãe, veio ao mundo num bosque tranqüilo, cercado de flores, fontes e árvores frutíferas. Nasceu com quarenta dentes, dizendo: “Sou o Senhor do mundo”, conhecendo 74 alfabetos, inclusive o chinês, e com mais de oitenta sinais físicos distintos do futuro Buda. Esta é apenas uma, entre tantas lendas do seu nascimento.
Gautama passou a infância e juventude na corte de seu pai, o rei Suddhodana, cercado de luxo principesco. Casou-se, ainda jovem, com sua prima Yassadhara e teve um filho, a quem deram o nome de Rahula.
Tudo o que se narra acerca da sua experiência religiosa se baseia na lenda dos quatro encontros.
Fora dito ao rei Suddhodana que, se ele quisesse evitar que seu filho, Siddhartha Gautama, o abandonasse, deveria isolá-lo do mundo e impedi-lo de se defrontar com o sofrimento.
Um dia, segundo a lenda, Siddhartha foi dar um passeio de carruagem, acompanhado de seu escudeiro-cocheiro, acabando por fazer quatro passeios sucessivos. No primeiro, viu um velho enrugado, trêmulo, apoiado a uma bengala. O que é isto? Perguntou ele ao velho. É a vida, meu senhor, respondeu este. Este foi o seu primeiro contato com a velhice. Depois, deparou-se com um doente coberto de chagas, confrontando-se, dessa forma, com a enfermidade. A seguir, viu um enterro. Siddhartha teve, assim, o conhecimento da velhice, da dor e da morte.
Por fim, em seu quarto passeio, Siddhartha teria avistado um homem com uma magreza espantosa, de cabeça raspada e túnica amarela, possuindo apenas uma tigela de esmolas, mas que, no entanto, possuía um olhar sereno de um vencedor. Era um monge asceta (aquele que alcançou a plenitude da vida moral), um homem que vencera a dor, a morte e a angústia, em busca do Atman (eu) e o colocara em conexão com o mar eterno do ser, que flui das aparências ilusórias.
Depois de uma festa no palácio, Siddhartha abandona mulher e filho, refugiando-se na floresta. Era a sua renúncia, para sempre, ao mundo. Ele trocou de roupa com um mendigo, cortou os seus cabelos com uma espada e, descalço, foi ao encontro dos ascetas. Rompeu os vínculos com as ilusões – foi em busca da certeza, do absoluto, que dariam sentido à vida.
Segundo a lenda, Siddhartha passou de quatro a sete semanas debaixo de uma árvore, Bo (Fícus Religiosa), que os budistas chamam “Árvore da Sabedoria”, em meditação, tomando posição de Yoga. Aí começou, propriamente dita, a sua vida.
Terminada a meditação, ele procurou seus cinco companheiros e anunciou-lhes a descoberta, que é possível anular as novas encarnações, o “Samsâra”, e escapar aos sofrimentos do mundo. Sua premissa básica era: Todo viver é sofrer. Teria o homem que identificar os laços que unem os sofrimentos à vida e tentar eliminá-los. Daí, as Quatro Verdades Nobres e o Caminho dos Oitos Passos, que abordaremos adiante.
Buda faleceu com oitenta anos. Depois de sua morte, o Budismo esfacelou-se, dando origem às diversas seitas budistas, cada qual com sua interpretação das palavras do Buda. Algumas seitas o divinizaram; outras alegaram que ele, atingindo o “Nirvana”, deixou de existir.
Os centros mais importantes do Budismo são: Indochina, Tibete, Nepal, China, Japão, Coréia e Ceilão. Na Índia, onde se originou, existem apenas cerca de 200 mil budistas, pois o Islamismo, praticamente marcou o seu fim no seu país de origem. Nos Estados Unidos, o Budismo foi introduzido pela seita Zen, japonesa, e conta com cerca de 300 mil adeptos. No Brasil, o primeiro grupo budista se formou no Rio de Janeiro, na década de 20. Em 1995, passou por um reavivamento, com a chegada do Budismo Zen. Hoje, tem o nome de Sociedade Budista do Brasil, conta com um Templo no Rio de Janeiro e com adeptos e núcleos em São Paulo e Brasília. O número de adeptos do Budismo, em todo o mundo, já ultrapassa os 300 milhões.
Facções
Dentre as diversas facções do Budismo, as que mais se destacam são:
- Hinayana (“Pequeno Caminho”), Sudoeste da Ásia.
- Mahayana (“Grande Caminho”); Japão, China, Grécia e outros.
- Vajrayana (“Caminho do Diamante”); China, Japão e outros.
- Zen Budismo; Estados Unidos e outros.
- Lamaísmo (Mistura do Budismo com a demoniolatria tibetana); Tibete.
- Tendai; Japão, Tailândia e Birmânia.
- Zenmui; Ceilão e outros países.
- Asoka; Índia, China, Ceilão e outros.
- Theravada; vários países.
Literatura
Cada uma das muitas seitas do Budismo possui sua própria versão das “escrituras sagradas”. Em paralelo, há um vasto corpo de comentários filosóficos e devocionais, envoltos, muitas vezes, no mito, na lenda e no milagre, apresentando, por isso, variações qualitativas.
Pelo fato de os ensinamentos de Buda terem sido transmitidos de forma oral, por cerca de 400 anos, grande parte da literatura das seitas se perdeu.
Hoje, têm por base os seguintes cânons:
Cânon Theravada (tipitaka – “Os três cestos”)
São textos escritos na língua páli e inteiramente preservados no Ceilão. Há também duas coleções desses textos em línguas chinesas e tibetana. Esse cânon divide-se em três partes:
1) Vinaya (“conduta”), contendo regras de disciplina.
2) Dharma (“doutrina”), são discursos doutrinais atribuídos a Buda.
3) Abhidharma, contém a elaboração sistemática das idéias expostas no Dharma.
Cânon Mahayana – Escrito em sânscrito. Divide-se em duas partes:
1) Mahavastu – A grande história.
2) Lalita-vistara – Relato minucioso da vida do Buda, desde a sua decisão de nascer até o seu primeiro sermão.
Dois outros cânons que merecem citação são Sino-japonês e Tibetano, tendo este último sido traduzido para diversos idiomas. Existem, ainda, mais textos esparsos em sânscrito, mandchu, mongol e em vários dialetos da Ásia Central, como o tangut.
Deus - No Budismo original, não existe a idéia de um Deus supremo que opera sobre o mundo. A idéia da divindade, para Buda, era semelhante à dos brâmanes, com exceção de não admitirem um Deus criador.
Universo – As criações periódicas dos sistemas cósmicos são regidas por uma lei eterna e o processo nunca teve começo nem nunca terá fim.
Brama - "Mas, se um homem... não deixa esquecido ente algum, no mundo, que tenha forma e vida, e a todos envolve em sentimentos de amor, de piedade, de simpatia e de serenidade crescente, incessante e sem medida; então, na verdade, esse homem conhecerá o caminho que leva à união com Brama”. (Buda)
Buda – Algumas seitas o divinizaram, outras alegaram ter ele deixado de existir ao atingir o nirvana; outras, ainda afirmam que ele continua vindo ao mundo em diferentes e sublimes reencarnações. Muita fantasia e muito misticismo se une à sua pessoa. Os nomes que lhe são atribuídos mostram o pensamento acerca de Buda:
Mara – É o demônio das ilusões, pai de três filhas: Volúpia, Cobiça e Inquietude. De acordo com o Budismo, MARA luta constantemente com o homem, não permitindo que este atinja o Nirvana.
Samsâra – É o círculo de renascimentos sucessivos. Com a transmigração da alma para outros corpos, havia, também, uma retribuição. O Samsâra, para o Budismo, é infinito; até os deuses estavam sujeitos a essa lei. Somente atingindo o Nirvana, o homem ficaria livre do Samsâra.
Carma – Nas reencarnações, o que alguém pratica em uma vida incorpora-se à próxima. Se o indivíduo foi bom, continuará a sê-lo, ao longo das infinitas vidas; agora, se foi mau, irá se degradando e acabará por nascer escravo ou, mesmo, bicho. É a lei do “aqui se faz, aqui se paga!”.
Homem – A visão budista da natureza humana ensina que o homem em sua existência não é bom nem mau, podendo tornar-se bom ou mau conforme a sua conduta.
Nirvana – “O discípulo que renunciou ao prazer e ao desejo, e o que é rico de sabedoria, esse alcança, neste mundo mesmo, a libertação da morte, O NIRVANA, a morada eterna.” (Buda)
O nirvana é a extinção do ser, uma auto-extinção onde toda a idéia de personalidade individual cessa, deixa de existir. Não havendo, por conseguinte, nada para renascer, a alma se extingue no nada, a felicidade eterna, o não ser.
Toda doutrina budista visa levar o homem a se auto-extinguir. É o único meio de escapar aos horrores do Samsâra. O homem, que consegue atingir esse estágio, é um liberto-vivo. Felicidade não existe, é a libertação da dor. A libertação da dor dá no NADA.
Sofrimento – “É muito difícil penetrar, com a ponta de um cabelo quebrado, umas cem vezes, um pedaço de cabelo, igualmente quebrado. É mais difícil, ainda, compreender o fato de que tudo é sofrimento. A universalidade da dor só se evidencia, paulatinamente, à medida que o homem adquire uma experiência de iluminação espiritual, vencendo, assim, a causa do sofrimento e do fluxo transmigratório; a saber, a ignorância, a ilusão, o sono em que jaz a maioria dos homens”. (Buda)
Suicídio - O Budismo não admite o suicídio, que considera inútil, pois leva o homem a uma nova reencarnação, à volta ao mundo e às dores. Todavia, se o homem já atingiu o Nirvana, aí o suicídio é diferente; ele já não mais existe. Assim, monges budistas morrem carbonizados em protesto a alguma coisa que afligia os homens, julgando estarem naquilo que é certo.
Deixando de existir, repousará na incomensurável paz do Nirvana, o não ser!
Deus
O Deus da Bíblia é o Deus supremo.
Sl 95.3 - “Porque o Senhor é o Deus supremo e o grande Rei, acima de todos os deuses”.
Fp 2.9-11 - “Pelo que, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é senhor, para glória de Deus Pai”.
E é, também, o Deus criador.
Jo 1.2-3 - “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e, sem ele, nada do que foi feito se fez”.
Universo
O universo teve um começo.
Gn 1.1,14-15 - “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. “Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E, assim, se fez”.
E terá um fim.
Ap 21.1 - “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”.
Brama
Jesus diz que para segui-Lo, nem mesmo nossos parentes podem impedir-nos.
Mt 19.29 - “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna”.
O caminho que leva a Brama pode ser este, mas o Caminho que leva ao Pai é Jesus.
Jo 14.6 - “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
Buda
O nosso Jesus não deixou de existir; pelo contrário, foi exaltado pelo Pai.
Fp 2.9 - “Pelo que, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, ...”.
Nem tampouco está brincando de reencarnações, mas voltará segunda vez.
Hb 9.28 - “... assim, também, Cristo, tendo-se oferecido uma vez, para sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
Mara
O que impede o homem de alcançar a salvação é a rejeição ao Filho de Deus, pois o que não tem o Filho, não tem o Pai.
Jo 3.36 - “Por isso, quem crê no filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”.
IJo 2.23 - “Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem igualmente o Pai”.
Samsâra
É a salvação alcançada mediante as sucessivas reencarnações até que se atinja o Nirvana. Não existe reencarnação.
Hb 9.27 - “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.
Carma
Como não existe outra vida, como poderá alguém trazer algo para o que não existe?
Homem
O homem não se torna bom ou mal pela sua conduta; a sua conduta é um reflexo do que ele é, assim como a boca fala do que está cheio o coração.
Pv 27.19 - “Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim, o coração do homem, ao homem”.
Lc 6.45 - “O homem bom, do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau, do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração”.
Nirvana
A Bíblia fala de um só tipo de libertação e de Um que é capaz de libertar, para sempre.
Jo 8.32,36 - “... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Sofrimento
O cristão sabe que o sofrimento está no império das trevas, e que a alegria e a paz estão no Reino de Deus.
Cl 1.13 - “Ele nos libertou do império da trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, ...”.
Rm 14.17 - “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.
Suicídio
A Bíblia não aceita, em hipótese alguma, o suicídio, pois somos Templo do Espírito Santo.
ICo 3.17 - “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.
As Quatro Verdades
O Budismo tem, como lei fundamental do universo e doutrina-base de todas as suas escolas e seitas, aquilo que é chamado de “as quatro verdades nobres”.
1) Sobre a dor – Tudo é dor: o nascimento, a velhice, a doença, a morte, o contato com o desagradável, a não realização dos desejos. Em suma, os componentes da individualidade, a saber, o corpo, as sensações, as percepções, as formações psíquicas e a consciência (o conhecimento) são dor.
2) Sobre a origem da dor – É o desejo de existir que conduz ao renascimento, que traz o prazer e a cobiça, que, aqui e ali, procura sua satisfação – a sede de experiência sensual, a sede de continuar a viver.
3) Sobre a supressão da dor – A extinção completa do desejo, a fim de que não haja paixão. Bani-lo, renunciar a ele, libertar-se dele e não lhe deixar lugar.
4) Sobre o caminho que leva a supressão da dor – O sagrado caminho de oito passos: Visões retas, vontade reta, linguagem reta, conduta reta, meios retos de subsistência, esforço reto, reto desvelo e concentração reta.
A primeira vez em que, na Bíblia Sagrada, se falou em dor, foi exatamente após o pecado de Adão e Eva.
Gn 3.16 - “E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio a dores, darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”.
Tudo em decorrência única e exclusivamente do pecado. Depois que as primeiras coisas passarem, ou seja, tudo o que foi criado e, por causa do pecado, está debaixo de maldição, já não haverá dor.
Ap 21.3-4 - “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”.
Por hora, contudo, só os cristãos, os filhos de Deus já gozam desse privilégio, pois:
Is 53.4 - “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.
Verificamos que, as propostas do Budismo encontram-se muito distantes da mensagem do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Budismo quer modificar o contexto da vida do homem pelo próprio homem. É a transformação, a mudança, a salvação pelos próprios esforços humanos. É uma doutrina diabólica, a auto-suficiência do homem. Não se fala de Jesus, no poder do Seu Sangue, no Espírito Santo. A pessoa do homem é ressaltada mais uma vez. Mas Jesus disse:
Jo 15.5 - “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.
Nós temos a verdadeira liberdade, pois somos Templo do Espírito Santo. Você é livre, meu irmão; você é livre, minha irmã!
A Igreja Católica Apostólica Romana afirma ser a única e verdadeira Igreja de Cristo, pois alega a sua existência desde o início do cristianismo, afirmando ser a Igreja que Jesus Cristo fundou, tendo em Pedro, um dos seus discípulos, o seu primeiro papa.
Entretanto, o Catolicismo Romano pode ser encarado como uma religião tão falsa como qualquer uma estudada até aqui. Não estão as suas doutrinas apoiadas unicamente na Bíblia Sagrada, pois, além da Bíblia Sagrada, aceitam a Tradição, os escritos dos “pais” da Igreja, os seus próprios ensinos e os ditames infalíveis do papa, como divinamente inspirados...
Degeneração Paulatina
Durante os três primeiros séculos da era cristã, a perseguição à Igreja verdadeira contribuiu para a manutenção da sua pureza, preservando-a de líderes maus e ambiciosos. Nessa época, ser cristão significava um grande desafio, pois eram perseguidos e rejeitados pelos poderosos, além de colocarem suas cabeças a prêmio. Só, portanto, os realmente salvos se dispunham a pagar esse preço.
Depois de tanta perseguição, logo no início do século IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Parecia ser, finalmente, o triunfo do cristianismo; contudo trouxe conseqüências desastrosas dentro da Igreja.
No ano de 312, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religião oficial do Império Romano. Dizendo-se ser um benfeitor do cristianismo, achou-se no direito de convocar um Concílio, em Nicéia, a fim de resolver certos problemas doutrinários, gerados por determinados segmentos da Igreja. Nesse Concílio, foi estabelecido o chamado “Credo dos Apóstolos”.
A decadência experimentada pela Igreja começou, quando milhares de pessoas foram por ela batizadas e recebidas como membros, sem terem passado por um processo real de conversão bíblica. Verdadeiros pagãos que eram, introduziram-se no seio da Igreja, trazendo, consigo, os seus deuses, que, segundo eles diziam, eram o mesmo Deus adorado pelos cristãos.
Nesse tempo, homens ambiciosos e sem temor de Deus começaram a buscar cargos na Igreja, como meio de obter influência social e política, ou, ainda, para gozar dos privilégios e do sustento que o Estado garantia a tantos quantos faziam parte do clero. Assim, o formalismo e as crenças pagãs iam-se infiltrando na Igreja, até o nível de paganizá-la, completamente.
Depois do início do processo de paganização, o culto aos santos e a veneração aos mártires e a outros homens e mulheres famosos passaram a ter plena aceitação. Foram criados rituais, que eram um misto de cerimônias pagãs, herdadas de diversas religiões, com as cerimônias sacerdotais do Velho testamento.
Os santos passaram a ser considerados como pequenas divindades, cuja intercessão era valiosíssima diante de Deus. Antes do ano 500 d.C., o culto à virgem Maria já estava vitorioso. O sacerdote, o altar, a missa e as imagens de escultura assumiram papel de preponderância no culto. A autoridade era centralizada numa igreja, dita infalível, e não na vontade de Deus, conforme expressada pela sua Palavra.
O cisma (separação do corpo e da comunhão de uma religião) entre o Oriente e o Ocidente, logo se tornou evidente. Contudo, o rompimento final aconteceu em 1504, com a Igreja Oriental, ou Ortodoxa, sediada em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, separando-se da Igreja Ocidental, ou Romana, sediada em Roma, então capital do Império.
No entanto, a Igreja Romana continuou, nitidamente, desviada dos princípios ensinados por Jesus no seu Evangelho, tal como um barco à deriva, sem saber onde aportar, até que veio a Reforma Protestante. Foi mais um cisma na, já combalida, Igreja Romana.
São imensas as diferenças entre a Igreja Católica Romana e a Igreja Evangélica. Vamos, baseados na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, apontar as principais divergências.
Pedro é o Fundamento da Igreja
A Igreja Católica ensina que é a única verdadeira e que, fora dela, não há salvação. Diz-se ser a verdadeira Igreja de Cristo, fundada sobre Pedro, a rocha. O seu credo diz que ela é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana.
Mt 16.16-19 - “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus”.
Baseada nesta passagem, a Igreja de Roma deriva o seguinte raciocínio:
(1) Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada;
(2) A Pedro foi dado o poder das chaves; portanto, só ele detém o poder de abrir a porta do reino dos céus;
(3) Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma;
(4) Toda autoridade foi conferida a Pedro, até nossos dias, através da linhagem de bispos e papas, todos vigários de Cristo na Terra.
Pedro jamais assumiu no seio do cristianismo nascente a posição e as funções que a teologia católico-romana procura atribuir-lhe. Após a conversa que teve com Pedro (Mt 16.16-19), ao que os católicos atribuem o recebimento do papado por Pedro, no mesmo capítulo, no versículo 22 e 23, Pedro tenta dissuadir Jesus de seguir na sua obra redentora do homem, ao que Jesus responde imediatamente, dirigindo-se a Pedro, dizendo: Arreda! Satanás.
Cristo é a Pedra que derruba todos os reinos.
Dn 2.34 - “Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou”.
Cristo é a Pedra que sustenta tudo.
Ef 2.20 - “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”.
à Estas referências falam de Jesus Cristo, nunca de Pedro.
O próprio Pedro escreve:
IPe 2.7 - “Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a Pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular”.
Pedro foi um papa diferente.
Se Pedro foi realmente papa, foi um papa diferente dos que o sucederam:
(a) Pedro era financeiramente pobre.
At 3.6 - “Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isto eu te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”.
(b) Pedro era casado, e Jesus sabia disso.
Mt 8.14-15 - “Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo”.
(c) Pedro foi um homem humilde e não aceitava ser adorado.
At 10.25-26 - “Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem”.
(d) Pedro foi um homem repreensível.
Gl 2.11-14 - “Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. E, também, os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente, segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: Se, sendo tu judeu, vives como gentio, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?”.
(e) Na ordem das colunas, o nome de Pedro não vinha em primeiro lugar.
Gl 2.9 - “... e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios e eles para a circuncisão”.
(f) Se Pedro era “Príncipe dos Apóstolos” como ensina a teologia vaticana, por que ele deveria aceitar a orientação dada por Tiago.
At 15.13-22 - “Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras: Expôs Simão como Deus, primeiro, visitou os gentios, a fim de constituir, dentre eles, um povo para o seu nome. Conferem, com isto, as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-os de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos. Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escreve-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido, todos os sábados. Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos”.
“As verdades que Deus revelou acham-se na Sagrada Escritura e na Tradição”, da Tradição, parágrafo 4, artigo 870. “A Tradição deve ter-se na mesma consideração em que se tem a Palavra de Deus contida na Sagrada Escritura”, da Tradição, parágrafo 5, artigo 887.
Os católicos têm duas fontes de autoridade: A Bíblia e a Tradição. O quarto Concílio de Constantinopla promulgou o reconhecimento da Tradição e o Concílio de Trento o sancionou.
De todas as suas palavras e atos, Cristo pôs Seu selo de autoridade, só nas Escrituras, nunca citando as tradições, antes condenando-as, pois faziam o homem pecar contra Deus:
Mc 7.9,13 - “E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus, para guardardes a vossa própria tradição ..., ... invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes”.
Jesus chamou de bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam.
O que foi escrito a respeito de Jesus é suficiente.
Jo 20.30-31 - “Na verdade, fez Jesus, diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.
A quem foi feita a maioria dos discursos pregados por Jesus? Ao povo comum, em linguagem simples. Por que o povo comum de hoje não pode compreender esses discursos, se a própria Palavra nos ensina a inculcar nos nossos filhos?
Dt 6.6-9 - “Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”.
A Igreja Católica ensina que a interpretação da Bíblia só pode ser feita por ela, Já a Bíblia ensina que a interpretação é daquele que lê.
At 17.11-12 - “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras, todos os dias, para ver se as coisas eram de fato assim. Com isso, muitos deles creram, mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens”.
Ademais, Jesus não nos deixou sem um professor:
IJo 2.27 - “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine ...”.
Os católicos afirmam que a Bíblia evangélica é incompleta e falha por faltarem os livros chamados apócrifos. Os livros apócrifos, ocultos, espúrios; isto é, não puros, são aqueles que não fazem parte do cânon Hebraico. A própria Igreja Católica, até o ano de 1546, não os considerava como parte das Sagradas Escrituras.
Estes livros foram escritos, em sua maioria, durante os quatrocentos anos que precederam o nascimento de Jesus, em grego, e o povo judeu nunca os considerou como divinamente inspirados.
O Senhor Jesus Cristo e os apóstolos nunca os citaram, apesar de citarem quase todos os livros do Antigo Testamento.
Lc 24.27,44 - “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras... ...A seguir Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
A razão pela qual a Igreja Católica aceita estes livros é para justificar a oração pelos mortos.
Além da Tradição, a Igreja Católica aceita, também, os escritos dos pais da Igreja, os ensinos da própria Igreja Católica e, também, os “infalíveis” ditames do papa.
A Igreja Católica ensina que “A Santa Missa é o sacrifício do corpo e do sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e vinho, em memória do sacrifício da cruz. O sacrifício da missa é, substancialmente, o mesmo que o da cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes, seus ministros, sobre os nossos altares... ...Jesus Cristo, sobre a Cruz, se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que, sobre os altares, Ele se sacrifica sem derramamento de sangue... ...pela concomitância natural e pela união hipostática, está presente, debaixo de cada uma das espécies, Jesus Cristo todo inteiro, vivo e verdadeiro... ...Toda a igreja participa dos frutos da missa, mas particularmente:
Primeiro: O sacerdote e os que assistem à Missa, os quais se consideram unidos ao sacerdote;
Segundo: Aqueles por quem se aplica a Missa, e podem ser tanto vivos como defuntos, Capítulo V, do Santo Sacrifício da Missa, parágrafo primeiro, artigos 652-655 e 662.
A Igreja Católica fez uma grande confusão. A Palavra diz para fazer em memória de mim, não para fazer o sacrifício de novo. Pois o sacrifício foi feito uma única vez, e para sempre.
Hb 10.11-12,17-18 - “Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,... ...acrescenta: Também, de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre. Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado”.
O sacrifício de Jesus é único, e deve ser lembrado através da ceia, mas nunca renovado, reeditado, porquanto é perfeito. A Missa tenta ser um sacrifício sem derramamento de sangue.
Hb 9.24-25,28 - “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém, no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem, ainda, para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote, cada ano, entra no Santo dos santos com sangue alheio... ...assim, também, Cristo, tendo-se oferecido uma vez, para sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.
Agora, se houvesse transubstanciação, isto é: a transformação do pão na carne de Jesus e do vinho em seu sangue, como afirma a teologia católica; Jesus, na última Ceia, teria comido a si próprio, além de ter bebido o seu próprio sangue, porquanto Ele, também, participou da última Ceia. Além disso, Jesus teria deixado um ensino absurdo. Haveria na terra milhões de cristos, vivendo em lugares diversos, em santuários feitos por mãos humanas.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios sobre a ceia (ICo 11), continua chamando, mesmo depois de ter dado graças pelo pão e pelo vinho, o pão de pão, o que demonstra que o pão não foi transubstanciado em carne.
ICo 11.23b-26 - “...: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou, também, o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o bederdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.
A Igreja Católica usa a prática da confissão auricular. A Palavra de Deus nos manda confessar os pecados a Ele e, se ofendemos alguém, se pecamos contra uma pessoa, também a esta pessoa.
Jo 20.23 - “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos”.
Quando a multidão que ouviu Pedro pregar o primeiro sermão, acabou de ouvi-lo, disse: Que faremos? Que respondeu Pedro? Façam fila, e contem-me os seus pecados? Ou, Arrependei-vos?
At 2.37-38 - “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”.
E se pecarmos, depois de já sermos salvos?
IJo 1.7,9 - “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado... ...Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
IJo 2.1 - “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”.
Portanto, a confissão auricular é mais uma doutrina católica que não tem apoio bíblico.
Purgatório
A Igreja Católica ensina a existência de um lugar intermediário para onde vão aqueles que morreram, sem terem tido tempo de se arrependerem e confessarem seus pecados.
“Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente, e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser aberto, seja anátema”, Concílio de Trento, Seção VI.
Existem três maneiras de se assistir aqueles que se encontram no Purgatório:
1- Através de orações;
2- Celebração de missas, que são tidas como os principais recursos empregados em benefício das almas que se encontram no Purgatório;
3- Esmolas;
A doutrina do purgatório é uma fábula engenhosamente montada e se constitui num verdadeiro sacrilégio à honra de Deus e um desrespeito à obra perfeita efetuada por Cristo, na cruz do Calvário. Para a Igreja Católica, a obra expiatória de Cristo satisfez a pena devida aos pecados cometidos antes do batismo, e não daqueles que foram cometidos posteriormente.
Esta doutrina não tem o menor apoio bíblico, e é contrária a:
Jo 5.24 - “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão”.
Rm 8.1 - “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
O que os católicos chamam de purgatório, pode ser refutado com o que está descrito em:
Lc 16.19-31 - “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia, também, certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu, também, o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu, ao longe, a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar, daqui para vós outros, não podem; nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem, também, para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”.
Jesus mostra, através desta história, que, após a morte, não há como se modificar o destino daquele que morreu; se morreu em Cristo, será levado pelos anjos para o seio de Abraão, onde não há sofrimento; ao passo que o que morreu sem estar em Cristo, nunca poderá passar para o seio de Abraão, pois está posto um abismo entre o lado dos salvos e dos não salvos, e estará experimentando o fogo, onde há tormento.
Jesus, na hora da crucificação, disse ao ladrão arrependido:
Lc 23.43 - “Jesus lhe respondeu: Em verdade, te digo que, hoje, estarás comigo no paraíso”.
Fp 1.23 - “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”.
A Igreja Católica ensina que se deve prestar culto às imagens de escultura, sejam de pedra, madeira ou outro material. A Bíblia Sagrada nos ensina que Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. (Jo 4.23-24).
O segundo mandamento do Decálogo é uma proibição veemente a se fazer imagens de escultura e a se adorá-las.
O que fez a Igreja Católica? Para encobrir o grande erro, o grande pecado que é a idolatria, ela fez desaparecer o segundo mandamento e pegou o nono e o subdividiu em dois, totalizando, de qualquer forma, dez mandamentos. Trata-se de uma grande falta, pois a Palavra de Deus foi modificada, porquanto é assim que os católicos aprenderam.
A Igreja Católica retirou a proibição à confecção e à adoração de imagens de escultura, e ensina que é válida a adoração às imagens de escultura, ou ídolos que:
Sl 115.5-8 - “Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam”.
Is 42.8 - “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”.
Is 45.20 - “Congregai-vos e vinde; chegai-vos todos juntos, vós que escapastes das nações; nada sabem os que carregam o lenho das suas imagens de escultura e fazem súplicas a um deus que não pode salvar”.
Is 46.7 - “Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem no seu lugar, e aí fica; do seu lugar não se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua tribulação”.
Is 57.13 - “Quando clamares, a tua coleção de ídolos que te livre! Levá-los-á o vento; um assopro os arrebatará a todos, mas o que confia em mim herdará a terra e possuirá o meu santo monte”.
É verdade que Deus mandou fazer dois querubins, mas não eram vistos pelo povo. Portanto, o povo, mesmo que quisesse, não podia curvar-se diante deles. Mas Deus, também, mandou Moisés fazer uma serpente de bronze. Isso, também, é verdade, mas o rei Ezequias mandou fazê-la em pedaços, porquanto o povo já estava lhe queimando incenso, e já lhe chamava de Neustã, pedaço de bronze. Isto só vem confirmar a Palavra de Deus, pois, mais cedo ou mais tarde, o homem acaba por se curvar diante da obra das mãos do próprio homem. Deus abomina a idolatria. E mais: Eu creio que Deus mandou fazer uma serpente, justamente para que não acontecesse a idolatria, pois a serpente foi amaldiçoada. Mas, mesmo assim, a idolatria aconteceu, sendo eliminada com a destruição da mesma.
IIRs 18.4 - “Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque, até aquele dia, os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã”.
Nm 21.4-9 - “Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra e Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. Então, o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar, viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava”.
Seguem algumas passagens bíblicas do Novo Testamento que condenam a idolatria:
IJo 5.21 - “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”.
At 15.20 - “Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos...”.
At 17.29 - “Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata, ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem”.
ICo 8.4-7 - “No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo, e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há, também, alguns que se chamem deuses, quer no céu, ou sobre a terra, como há muitos deuses, e muitos senhores, todavia, para nós, há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós, também, por ele. Entretanto, não há este conhecimento em todos; porque alguns, por efeito da familiaridade, até agora, com o ídolo, ainda comem dessas coisas, como a ele, sacrificadas; e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se”.
ICo 10.7,14 - “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber, e levantou-se para divertir-se... ...Portanto, meus amados, fugi da idolatria”.
ICo 12.2 - “Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados”.
Rm 1.22-23,25 - “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis... ...pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando a criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito, eternamente. Amém.
ITs 1.9 - “... pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”.
IPe 4.3 - “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices, e em detestáveis idolatrias”.
Ap 21.8 - “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
Gl 5.19-21 - “Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus, os que tais coisas praticam”.
ICo 6.9-10 - “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”.
Ap 22.15 - “Fora, ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira”.
à Deus está alertando
A Adoração aos Santos
É coisa boa e útil recorrer à intercessão dos Santos? É coisa utilíssima invocar os Santos, e todo cristão o deve fazer..., ensina a Igreja Católica aos seus seguidores.
Deus não faz acepção de pessoas, não dá tratamento privilegiado a um, em detrimento de outros. Não! Vejam o que Jesus fala a respeito de João Batista:
Mt 11.11 - “Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele”.
Pergunto: Deve você recorrer a São João Batista, que Jesus diz ser menor do que você mesmo?
Todos somos santos. Todos os que aceitaram Jesus são santos, apesar da Igreja Católica fazer distinção, e inclusive chamar de leigos àqueles que Deus chamou de sacerdotes.
IPe 2.9 - “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
O povo católico reza aos seus intercessores, porque não sabe que só Jesus Cristo pode interceder por nós junto ao Pai.
ITm 2.5 - “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.
Jo 14.6 - “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
É evidente que os católicos estão rogando àqueles que nada podem fazer, pois estão mortos; e como mortos que são, estão incluídos dentre aqueles que estão esperando o juízo.
Hb 9.27 - “E, assim, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo”.
Podemos concluir que o povo católico erra por não conhecer as Escrituras, nem o poder de Deus, (Mt 22.29).
Maria, “A Mãe de Deus”
A Igreja Católica quer fazer crer que a Palavra de Deus se contradiz, pois a Bíblia afirma que todos pecaram, que o pecado entrou no mundo por Adão e que todo homem foi alcançado por ele (Rm 5.12). Mas, o catolicismo insiste em ensinar que Maria foi concebida sem pecado. Ora, ela mesma declarou precisar de um Salvador.
Lc 1.46-47 - “Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”.
A oração da “Ave Maria” é composta de duas partes:
A primeira: Tirada das Escrituras.
A segunda: Feita pelos homens.
à Como pode alguém ser mãe d’Aquele que estava no princípio?
Jz 5.24 - “Bendita seja sobre as mulheres, Jael, mulher de Heber, o queneu; Bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas”.
Jael também foi chamada de “bendita sobre as mulheres”, e, contudo, nenhum católico reza por ela. Por que será?
A Igreja Católica defende a virgindade eterna de Maria. Como, alguma mulher poderia manter-se virgem após um parto normal? E, se isso, porventura, tivesse acontecido, não estaria registrado na Bíblia Sagrada?
Is 7.14 - “... Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel”.
A Bíblia fala de uma concepção da virgem, e, nunca, da permanência da virgindade.
Mt 1.25 - “Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”.
Maria teve outros filhos, além de Jesus Cristo. Os católicos alegam que os que são mencionados como sendo irmãos de Jesus são, na verdade, seus primos. Quando, então, as Escrituras falam de primo, o que será que elas querem dizer? Será que primo quer dizer irmão, e irmão, primo?
Lv 25.49 - “Seu tio, ou primo, o resgatará; ou um dos seus, parente da sua família, o resgatará; ou, se lograr meios, os resgatará a si mesmo”.
Esta tentativa é só para defender a virgindade eterna de Maria. Veja o que diz João, a respeito dos irmãos de Jesus:
Jo 7.5 - “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele”.
Mt 12.46-50 - “Falava, ainda, Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém, ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
Lc 8.19-21 - “Vieram ter com ele, sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se, por causa da concorrência de povo. E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam”.
Mc 6.2-4 - “Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este, estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa”.
Havia no tempo de Jesus uma mulher que quis dar início à idolatria a Maria; mas Jesus a repreendeu:
Lc 11.27-28 - “Ora, aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, que estava entre a multidão, exclamou e disse-lhe: Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram! Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”.
Maria nada pode fazer por aquele que imagina estar recorrendo a ela, pois está aguardando, juntamente com a Igreja, o dia da ressurreição dos mortos, em Cristo, e, a seguir, o arrebatamento.
ITs 4.13-18 - “não, queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim, também, Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Portanto, o Senhor, mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos, para sempre, com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras”.
Os dias que estamos vivendo são dias muito perigosos, espiritualmente falando. Há um sem número de igrejas, que se dizem levantadas pelo poder do Espírito Santo, portadoras de uma nova revelação e que procuram base nas Escrituras Sagradas. E, por vezes, até têm a aparência de uma Igreja Evangélica.
Todavia, quando paramos para analisar as suas doutrinas e práticas, logo podemos constatar que são seitas falsas, repletas de heresias destruidoras e têm, também, aquela característica de se considerarem as únicas certas – todas as demais estariam desviadas da verdade do Evangelho.
Para analisarmos essas igrejas, precisaríamos de muito tempo e espaço. Por hora, estudaremos os Católicos Pentecostais (Movimento Carismático).
A Igreja Católica Apostólica Romana, também, se diz estar sendo renovada pelo Espírito Santo de Deus. Existem vários grupos que se dizem carismáticos, ou seja, que manifestam os dons do Espírito Santo de Deus, dentro da Igreja Católica.
A Bíblia nos ensina que o batismo no Espírito Santo tem, basicamente, duas funções principais:
At 1.8 - “... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”.
O objetivo, a função do batismo no Espírito Santo, de acordo com este texto, é o de conceder ao homem poder e capacidade para testemunhar de Jesus Cristo.
Em outro trecho das Escrituras, Jesus ensinou:
Jo 16.13-14 - “... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
Observe o que declarou o Papa João XXVIII – Humanae Salutis – “Renova tuas maravilhas em nosso tempo, como em um novo Pentecoste, e concede que a santa Igreja, perseverando, unânime e continuamente, em oração, ao lado de Maria, a mãe de Jesus, e, também, sob a orientação de São Pedro, possa aumentar o reino do Divino Salvador, o reino da verdade e da justiça, o reino do amor e da paz. Amém“. Aqui, o Papa João XXVIII – considerado por muitos como o precursor desse movimento – fala do reino de Jesus e de sua mãe, colocando, entretanto, o movimento do Espírito Santo, sob a orientação de São Pedro e de Maria. Contudo, a Bíblia diz que o batizador no Espírito Santo é o próprio JESUS.
O livro, Católicos Pentecostais, de Kevin e Dorothy Ranaghan, traz alguns testemunhos de católicos que afirmam ter sido batizados no Espírito Santo.
Primeiro Testemunho
“Em fevereiro de 1967, os quatro católicos de Pittsburg haviam recebido o batismo com o Espírito Santo... ...todos experimentaram um interesse muito maior em participar da vida sacramental da Igreja do que antes...” (Página 32).
Segundo Testemunho
“Depois que o Espírito habitou em mim... ... A assistência diária à missa tornou-se minha maneira de viver...” (Página 44).
Terceiro Testemunho
“O movimento pentecostal não separou ou excluiu os católicos da sua Igreja. Ao contrário, renovou seu amor pela Igreja e edificou um fé viva na comunidade católica” (Página 73).
Quarto Testemunho
“O Espírito Santo tem preenchido cada parte da minha experiência religiosa. Descobri um novo grau de significação em todos os sacramentos, especialmente na confissão e na eucaristia. Descobri uma profunda devoção a Maria ...” (Página 92).
Quinto Testemunho
“O Espírito Santo renovou nosso amor pela Igreja. As devoções naturais, como a de Maria, por exemplo, tornaram-se mais significativas (e eu era um dos que colocavam Maria completamente fora de cena, anos atrás). Especialmente a vida sacramental da Igreja tem se tornado mais significativa, particularmente o sacramento da Penitência...” (Página 114).
Sexto Testemunho
“Foi nessa reunião, que recebi o dom de línguas para louvar a Deus, o Pai... Meu interesse profundo pela Missa aumentou e meu amor e compreensão pelos nossos clérigos, também aumentou”. (Página 132).
Tomando por base os testemunhos dos católicos, que dizem ter experimentado o batismo no Espírito Santo, e pelo procedimento e conduta, após o suposto batismo, podemos declarar, isso sem medo de errar, que estamos frente a frente a um movimento falso e revestido de diabólico engano, porquanto Jesus jamais encheria alguém do Seu Espírito para que essa pessoa viesse a se tornar uma idólatra ou mesmo para acentuar a sua idolatria, visto que a Palavra de Deus diz que o Espírito Santo conduz à toda verdade, e nunca ao engano, ao erro.
Qualquer pessoa que tenha sido cheia do Espírito de Deus, não pode permanecer no erro, muito menos mergulhar, ainda mais profundamente, no engano da idolatria.
Não podemos aceitar que pessoas dadas a práticas pagãs (idolatria) e que não possuem sinal algum de justificação ou santificação, e que continuam a fazer tudo o que faziam antes de “terem recebido o batismo no Espírito Santo”, como embriagar-se, fumar, jogar, mentir; enfim, ainda, se encontram escravos do espírito que atua nos filhos da desobediência, tenham, de fato, recebido o batismo no Espírito Santo.
Outrossim, em muitas das reuniões, ditas carismáticas, as imagens de escultura se fazem presentes e a oração da ave-maria e os louvores a “nossa senhora”, também, são feitas. A Bíblia, contudo, deixa bem claro que Deus não dá a Sua “honra” às imagens de escultura e nem aos ídolos (Isaías 42.8).
Como pudemos observar, à luz das Escrituras, estamos diante de seitas heréticas que estão preocupadas em deturpar as verdades da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Os Católicos Pentecostais dizem possuir o batismo no Espírito Santo, mas continuam a insistir nos seus erros de idolatria, além de não experimentarem o novo nascimento, visto que, após o suposto batismo, continuam ou têm acentuado a idolatria que cometiam antes, e também, não passam por uma transformação de vida, continuando, assim, nas suas práticas pecaminosas, ou seja, a amizade do mundo.
Tg 4.4 - “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
O movimento das Congregações Cristãs surgiu entre os imigrantes italianos e americanos, e, no começo, restringia-se aos mesmos. Em 1910, Luigi Francescon, um italiano, trouxe a mensagem pentecostal, estabelecendo dois núcleos: um no Paraná, com membros de origem católica, em Santo Antônio, e outro em São Paulo, com membros de origem evangélica.
Em São Paulo e arredores, concentram-se cerca de 80% de todas as comunidades. Os congregacionalistas são conhecidos como “glórias”. Consideram-se perfeitos, superiores a todos os evangélicos, e pregam contra todas as outras denominações.
Para melhor conhecermos a Congregação Cristã do Brasil, é necessário analisarmos as suas doutrinas, à luz da Palavra de Deus, e, então, poderemos tirar as nossas conclusões.
Passaremos a analisar algumas doutrinas da Congregação Cristã do Brasil, sempre refutando com a Espada do Espírito, a Palavra de Deus.
Nenhuma igreja deve se achar superior, quem é a cabeça da igreja não é Cristo? O será que Cristo está somente em uma igreja espesífica?
A Congregação Cristã não possui pastores como seus líderes. Possui apenas anciãos e diáconos. Não assalaria seus líderes. Para eles, não há pastor, senão Jesus Cristo. Os seus líderes não estudam, pois o Espírito Santo coloca na boca as palavras certas, no momento preciso, baseando-se em Mateus 10.19-20.
Contudo, as Sagradas Escrituras têm ensinamentos contrários a essas interpretações:
1) A Bíblia diz que Jesus constitui uns para pastores, outros para evangelistas, apóstolos, profetas e mestres.
Ef 4.11 - “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,”.
2) Na Bíblia, a Palavra, pastor, tem alguns sinônimos: Bispo e Presbítero.
IPe 5.1-2 - “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e, ainda, co-participante da glória que há de ser revelada: Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;”.
At 20.28 -“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”
3) A Bíblia chama Jesus de Supremo Pastor; logo existem outros pastores.
IPe 5.4 - “Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória”.
4) A Bíblia diz que digno é o trabalhador do seu salário.
ITm 5.18 - “Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”.
O apóstolo Paulo recebia donativos.
Fp 4.15 - “E sabeis, também, vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo, no tocante a dar e receber, senão, unicamente vós outros;”.
Jesus ordenou que os que pregam, devem viver do Evangelho.
ICo 9.14 - “Assim, ordenou, também, o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho;”.
5) O Pastor não deve se envolver em negócios seculares.
IITm 2.4 - “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou”.
6) Paulo exortou Timóteo a que se dedicasse ao estudo.
ITM 4.13 - “Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino”.
IITm 2.15 - “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
IITm 4.13 - “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos”.
ITm 5.17 - “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários, os presbíteros que presidem bem; com especialidade, os que se afadigam na palavra e no ensino”.
Dessa forma, podemos concluir que, se não tivesse havido dedicação por parte dos primeiros pastores, através do estudo da Palavra, oração e consagração, dificilmente, muitos conhecimentos e revelações da Palavra estariam disponíveis para nós, hoje.
Não aceitam toda a Bíblia. Dizem que devem se prender, apenas, aos quatro Evangelhos, e, principalmente, às palavras ditas diretamente por Jesus. Ora, Jesus Cristo não escreveu nenhum dos quatro Evangelhos; se não aceitam o que os apóstolos ou discípulos nos aconselham como inspirados por Deus, como crêem no que escreveram?
IITm 3.16 - “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,”.
Para os adeptos da Congregação Cristã, a prática do dízimo está restrita ao cumprimento da Lei do Antigo Testamento, não se aplicando, dessa forma, aos crentes da atual dispensação.
Ora, o dízimo é anterior à Lei de Moisés.
Gn 14.18-20 - “Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E, de tudo, lhe deu Abrão o dízimo”.
Gn 28.20-22 - “Fez, também, Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente, eu te darei o dízimo”.
Jesus Cristo é sacerdote, para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
Hb 7.15-17 - “E, isto é, ainda, mais evidente, quando, à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel. Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.
E os elementos desse sacerdócio são o Pão, o Vinho e o Dízimo. A Bíblia, também, chama de ladrão aquele que não dá o dízimo, mas, mesmo sendo obrigação, promete bênçãos àquele que trouxer os dízimos e as ofertas.
Ml 3.8-10 - “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição, sois amaldiçoados, porque, a mim, me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar, sobre vós, bênção sem medida”.
Não admitem a pregação nas ruas. Jesus pregou na beira do mar, na montanha; pregava nas ruas, e Paulo nos alertou para aproveitarmos as oportunidades.
Cl 4.3-5 - “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual, também, estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer. Portai-vos com sabedoria, para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades”.
IITm 4.2 - “... prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”.
Não existe limitação geográfica para a pregação do Evangelho; onde houver alguém que não conhece a Jesus; a esse, Jesus nos enviou.
Esta seita deturpa as palavras de Filipenses, capítulo 2, versículo 10, que diz: “todo joelho se dobrará diante de Jesus”, e por isso, só fazem orações, de joelhos dobrados.
A Bíblia diz que devemos orar sem cessar, em todo tempo. Como conciliar, então, estes versículos com a doutrina de orar só de joelhos?
ITs 5.17 - “Orai sem cessar”.
Ef 6.18 - “... com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e, para isto, vigiando com toda perseverança e súplica, por todos os santos ...”.
Jesus orou na cruz.
Lc 23.33-34 - “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”.
O fariseu orou em pé e não foi atendido; o publicano também orou em pé, mas foi atendido. Porque não importa a posição física, mas Deus vê o coração.
Lc 18.11-14 - “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem, ainda, como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.
Assim, os membros da Congregação Cristã do Brasil devem se sentir como ovelhas que não têm pastor. Ademais, os anciãos não se preparam, ou seja, não se dedicam ao estudo das Escrituras, lançando sobre o Espírito Santo toda e qualquer responsabilidade sobre aquilo que vão dizer à Igreja.
Também, por não aceitarem toda a Bíblia Sagrada como Palavra de Deus, estão rejeitando o próprio Deus.
Quando não aceitam o pagamento de dízimos, rejeitam, também, aquilo que Deus determinou para que o Evangelho tivesse a propagação necessária:
Ml 3.10 - “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida”.
Demonstram não estar preocupados com a Evangelização, pois não pregam nas praças, não se preparam, não semeiam, materialmente, como deviam. E ainda crêem que os que serão salvos, de uma maneira ou de outra, acabarão por chegar à Congregação Cristã.
São exclusivistas, só eles são os certos e chamam de irmãos apenas aos que fazem parte da Congregação Cristã do Brasil, ou sejam, aos “glórias”.
Como pudemos observar, à luz das Escrituras, estamos diante de seitas heréticas que estão preocupadas em deturpar as verdades da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Os membros da Congregação Cristã do Brasil são ovelhas que não têm pastor. Não aceitam a Bíblia toda, dando peso apenas às palavras ditas por Jesus nos Evangelhos. Não pagam o dízimo, nem pregam o Evangelho, pois crêem que, de alguma forma, os que se salvarão, chegarão, um dia, à Congregação Cristã do Brasil. E, por fim, se dizem ser os únicos certos. Fique alerta!
O que é o espiritismo? É, na prática, a suposta comunicação dos vivos com aqueles que já morreram. Digo suposta, porque o que ocorre é uma manifestação demoníaca, que, enganosamente, personifica os mortos. O espiritismo é um engano diabólico, sendo chamado doutrina de demônios.
ITm 4.1 - “Ora, o Espírito afirma, expressamente, que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios”.
O espiritismo é, sem dúvida, uma das falsas religiões que mais cresce no mundo, hoje. O Brasil tem se tornado o maior reduto espírita do mundo. Que triste recorde! Um título apropriado para esta falsa religião seria diabolismo ou satanismo; porque, alheio à Palavra de Deus, e distante de toda a verdade, o espiritismo se constitui numa espécie de profundezas de Satanás, pronto a tragar pessoas incautas, menos avisadas, que estão a buscar a Deus em todo e qualquer lugar e por todos os meios.
O espiritismo é a mais antiga de todas as falsas religiões. A primeira sessão espírita teve lugar no Jardim do Éden, onde a serpente serviu de médium, Satanás, de guia e Eva, de assistente. E, até hoje, as sessões espíritas são feitas com estes três elementos: os médiuns, os demônios e os assistentes.
O triste resultado da primeira sessão espírita realizada foi a entrada do pecado na raça humana e a sua conseqüente queda, afastamento de Deus. Tudo devido à mentira e engano que existem na pessoa de Satanás.
Jo 8.44 - “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.
Dt 18.9-12 - “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti”.
Deus proíbe a consulta a mortos, não porque eles atendam, mas pelo mal que há por trás; Deus, também, proíbe a idolatria, não porque os “ídolos” ouçam as preces ou atendam às promessas . A idolatria embota a inteligência e tolhe o raciocínio; daí cultos e incultos se prostrarem diante de uma imagem de escultura e fazerem preces e promessas.
Agora, quanto às conseqüências da invocação dos mortos, falam as autoridades competentes.
Eis o veredicto dos doutores Juliano Moreira, Afrânio Peixoto e Franco da Rocha, citados no “Evangelho e o Espiritismo”, de A. Ernesto da Silva.
Fala o Primeiro: Tenho visto muitos casos de perturbações mentais e nervosas, evidentemente despertadas por sessões espíritas.
Diz o Doutor Afrânio: Dois terços dos doidos do Hospital Pedro II, no Rio de Janeiro, chegaram a esse estado, devido às práticas do espiritismo.
Por fim, afirma o terceiro: Os exemplos de pessoas, sobretudo de moças, anteriormente sãs, que se tornaram histéricas e epiléticas, em conseqüência de terem tomado parte nas cenas de invocação de espíritos, são freqüentíssimos.
A evocação de espíritos de pessoas falecidas, prática do espiritismo, não é uma coisa recente. O espiritismo, que hoje conhecemos, é, na verdade, um prolongamento, uma continuação da magia e necromancia dos tempos antigos, praticadas, inclusive, pelos hebreus, contrariando a determinação de Deus. O vocabulário mudou, mas, em síntese, é a mesmíssima coisa:
1) Hoje se chama espiritismo, umbanda ou macumba; antes era conhecido por magia, necromancia;
2) O que se conhece como médium, macumbeiro, pai de santo, babalaô ou cavalo, chamava-se mago, pitonisa, adivinho, bruxo ou feiticeiro;
3) Oráculos, cavernas e antros são, hoje, centros, terreiros, tendas e etc.
O espiritismo moderno é o desenvolvimento das práticas espíritas antigas. Em dezembro de 1847, em Hydesville, no Estado de Nova Iorque, as irmãs Margaret e Kate, respectivamente, de 12 e 10 anos, que começaram a ouvir ruídos estranhos em casa, arranjaram um meio de se comunicarem com o autor dos barulhos, o qual respondia as perguntas, através de pancadas, um número determinado.
A partir desse episódio, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte e Inglaterra, onde a consulta aos mortos já era popular nas camadas sociais mais elevadas, e pela Europa.
Na França, a figura de Allan Kardec é a principal. Leon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lion, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec, por crer ser ele a reencarnação dum poeta celta, com esse nome.
A 30 de abril de 1856, Allan Kardec começou a pregar uma nova religião, que dizia ter recebido como missão. Kardec, que se dizia guiado por espíritos protetores, publicou em 1857, o Livro dos Espíritos, que ajudou a propagar a doutrina espírita. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia de reencarnação. De 1861 a 1867, publicou mais quatro livros: Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis.
Antes de morrer, em 1869, Allan Kardec assentou as bases da Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec. Fundou, também, a Revista Espírita, periódico mensal, editado em diversos idiomas.
Podemos, para efeito de estudo, dividir o espiritismo, da seguinte forma: Espiritismo Comum, Baixo Espiritismo, Espiritismo Científico e Espiritismo Kardecista.
Espiritismo Comum
É o espiritismo disfarçado, camuflado, que até parece inofensivo, infantil, mas, que na verdade, tem a presença do diabo por trás de suas atividades. Suas práticas são:
Quiromancia - Adivinhação pela leitura das linhas das mãos; leitura do passado e do futuro.
Cartomancia - Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.
Grafologia - Leitura do caráter de uma pessoa através do exame de sua caligrafia.
Hidromancia - Arte de adivinhar por meio da água num vaso ou globo.
Astrologia - Através da posição dos astros, no instante do nascimento de alguém, é possível prever, predizer, pelo exame do céu, o seu futuro, favorável ou desfavoravelmente. É o que pretende a astrologia. A astrologia é colocada, pela Bíblia, como adivinhação, o que é terminantemente proibido, pois é, também, um tipo de idolatria.
Dt 4.19 - “Guarda-te não levantes os olhos para os céus, e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber todo o exército do céu, não sejas seduzido a inclinar-te perante eles, e dês culto àqueles, cousas que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus”.
Is 47.13 - “Já estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti”.
Dt 17.3 - “... que vá e sirva a outros deuses, e os adore, ou ao Sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não ordenei;”.
IIRs 23.5 - “Também, destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá, e ao redor de Jerusalém, como, também, os que incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais planetas, e a todo o exército dos céus”.
Lv 19.26 - “Não comereis cousa alguma com sangue; não agourareis nem adivinhareis”.
O Espiritismo Comum, também é visto na forma disfarçada de figas, amuletos, patuás, talismãs, mau olhado, “seguranças”, e simpatias. Há muita superstição aqui, mas, também, está presente o espiritismo disfarçado. Em todo o Espiritismo Comum, há, às vezes, charlatanismo, fraude e mistificação”.
O Baixo Espiritismo, também conhecido como espiritismo pagão, é, sem disfarce, um culto direto ao diabo. Suas práticas são demoníacas, com sacrifícios aos demônios.
Vodu - Vodu ou Zumbi era um deus que dominava a noite e cuidava dos seus “protegidos”.
A serpente é o símbolo do poder, estando, por isso, presente em quase todos os cultos. Lançam maldições sobre pessoas, através de suas práticas:
(1) Transpassar uma boneca com alfinetes, transferindo os sofrimentos para a pessoa representada;
(2) Assar um peixe com o nome da vítima no seu interior;
(3) Soltar pequenos barcos no rio, com o nome da vítima dentro; isso fará a vítima “desaparecer”, e etc.
Umbanda - A palavra Umbanda quer dizer “do lado de Deus ou do bem”. A tônica da Umbanda é a adoração aos orixás, deuses, “guias”. Alguns deles são Exu, o próprio diabo, Preto Velho e Caboclo. O Orixá é adorado, servido, e é motivo de orgulho para o médium, ou cavalo. É de origem africana e tem dois tipos de reuniões:
(Linha Branca) Muitas vezes se apresenta como Centro de Mesa. Quase sempre abrem a reunião usando o nome de Jesus. Neste tipo de reunião, “pode-se” consultar espíritos de pessoas que morreram recentemente.
(Terreiro) Ao som de atabaques, o pai ou a mãe de santo dirige a “gira” com palmas e pontos. Às pessoas que lá chegam, é dito que “precisam desenvolver”, e não poucos têm se deixado arrastar para as teias malignas.
Quimbanda - A Umbanda e a Quimbanda são semelhantes.
(1) A Umbanda dedica-se à prática do bem, podendo, também, fazer o mal;
(2)A Quimbanda preocupa-se muito mais em fazer o mal, a pedido de seus adeptos ou admiradores;
(3) Uma das práticas mais comuns da Umbanda é o “desfazer” o trabalho ruim, normalmente feito pela quimbanda;
(4) A Quinbanda costuma reforçar os trabalhos que são atacados pela Umbanda, com o intuito de agradar mais aos Exus, só por interesse futuro;
(5) Na Umbanda, as oferendas são: flores, velas, perfumes e enfeites;
(6) Na Quinbanda, a predominância está no sangue, no sacrifício de animais.
Pv 21.27 - “O sacrifício dos perversos já é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna”.
(7) Frase comum na Umbanda: “Deus é pai de todos ...”;
(8) E na Quinbanda: “Deus é bom, mas o Diabo não é mau”.
Enquanto nos Evangelhos, os demônios são combatidos; no espiritismo, eles são servidos, agradados e, até mesmo, adorados, como na Quinbanda.
Candomblé - É nitidamente de origem africana. Chamam aos espíritos demoníacos, “caboclos”. Chamam aos seus deuses, “orixás”. Exu é o diabo.
No Candomblé, não se invocam “pretos velhos ou almas”. Os orixás constituem sua principal veneração. Fazem oferendas aos exus, mas só para afastá-los. A prática de “fazer cabeça” é uma maneira de se vender a alma ao orixá. É uma chantagem diabólica que obriga a pessoa a renunciar, enquanto vive, à sua própria salvação. Daí, os seus adeptos crerem que nunca mais poderão deixar o Candomblé. Para estes, a Palavra de Deus tem uma resposta à altura:
Jo 8.36 - “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres,”.
Macumba - É uma maneira liberal da prática do espiritismo. Não tem normas, doutrinas ou proibições. Misturam as práticas da Umbanda, Quimbanda e Candomblé. No Rio de Janeiro, principalmente na Baixada Fluminense, e em São Paulo, na periferia, esses terreiros são mui freqüentes. “Muita gente boa” está envolvida nisso. Os macumbeiros chamam de descarga o afastamento de más influências, que podem ser feitas com defumadores, banhos, oferendas, as quais, geralmente, são feitas nas matas, no mar, nos rios, em cemitérios ou encruzilhadas.
Também chamado Alto Espiritismo, Espiritismo Ortodoxo, Espiritismo Profissional ou Espiritualismo. Nesta linha do espiritismo, encontramos inclusive “sociedades” que se dizem filosóficas, teológicas, científicas ou beneficentes, como a LBV (Legião da Boa Vontade). Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como:
Ecletismo - Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
Esoterismo - Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
Teosofismo - Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que tem por objetivo a união do homem com a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação.
O Espiritismo Kardecista está apoiado nos princípios de Allan Kardec. Hippolyte Leon Denizard Rivail (1804-1869) tomou o pseudônimo de Allan Kardec, porque acreditava ser ele a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Os espíritas afirmam que o “Espírito da Verdade” prometido por Jesus, em João 16.13, é o espírito que se comunicou com Allan Kardec. Por isso, chamam o Espiritismo de a “Terceira Revelação”. A primeira foi a que veio por Moisés; a segunda por Jesus, e que completou a primeira; e a terceira é o Espiritismo, a qual completa a segunda.
Gl 1.8-9 - “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema”.
ITm 4.1 - “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,”.
Kardec escreveu “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, afirmando ter sido ditado pelo “espírito da verdade”. Além deste, ele também escreveu: “O Livro dos Médiuns”, “O Céu e o Inferno” e “Gênesis”.
As duas principais estacas de manutenção do espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilidade de os vivos se comunicarem com os espíritos dos mortos.
A Bíblia
“Asseverar que a Bíblia é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores, para tornar conhecida a sua vontade, é um grosseiro ultraje e um logro para com o público” (Outlines Of Spiritualism).
A Bíblia foi escrita sob inspiração divina.
IIPe 1.20-21 - “Sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo”.
IITm 3.16 - “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, ...”.
Deus
Deus existe, mas está longe demais e só se manifesta por meio de intermediários, ou “guias”.
A Bíblia nos ensina que Deus nos busca, quer comungar conosco e nos é inteiramente acessível.
Jo 14.23 - “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”.
Lv 19.31 - “Não vos voltarei para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procurareis, para serdes contaminados por eles: Eu sou o Senhor vosso Deus”.
Lv 20.6 - “Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo”.
Kardec ensinou abertamente que Cristo não é Deus (“Obras Póstumas”). Para os espíritas, Jesus Cristo é, atualmente, apenas um espírito aperfeiçoado da sexta esfera.
Jesus nunca foi médium, como querem os espíritas. A Bíblia o apresenta como Profeta, Sacerdote, Rei e como o próprio Deus.
At 3.19-24 - “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade. Disse, na verdade, Moisés: O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. Acontecerá que toda alma que não ouvir a esse profeta será exterminada do meio do povo. E todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias”.
Hb 7.26-27 - “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote, assim com este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios; primeiro, por seus próprios pecados; depois, pelos do povo; porque fez isto, uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu”.
Fp 2.9-11 - “Pelo que, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.
Jo 1.1,14 - “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.
Rm 9.5 - “... deles são os patriarcas e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém”.
Os Anjos
“Os anjos são as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fluindo, em sua plenitude, a prometida felicidade”, Allan Kardec (O Céu e o Inferno). “Os anjos são as almas que galgaram o último grau da escala, grau que todos podem adquirir”, Allan Kardec (O Livro dos Médiuns).
Hb 1.14 - “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?”.
ICo 4.9 - “Porque a mim, me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens”.
Mt 13.41 - “Mandará o Filho do homem os seus anjos, que ajuntarão, do seu reino, todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, ...”.
Mt 24.31 - “E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”.
O espiritismo afirma que o Espírito Santo não existe como pessoa.
Vemos o Espírito Santo nas seguintes passagens, agindo como uma pessoa
At 8.29 - “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro, e acompanha-o”.
Rm 8.26-27 - “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele, que sonda os corações, sabe qual é a mente do Espírito, porque, segundo a vontade de Deus, é que ele intercede pelos santos”.
Ef 4.30 - “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
At 13.2 - “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, a Barnabé e a Saulo, para a obra a que os tenho chamado”.
At 16.6-7 - “E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu”.
Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda, deve-se entender a descida do espírito à matéria(The True Light).
“Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida que deverá ser paga; se o não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou nas seguintes”, Allan Kardec (O Céu e o Inferno). Por isso, negam a redenção em Cristo Jesus; o homem é o seu próprio salvador.
O que diz a Bíblia a respeito do pecado?
Rm 6.23 - “... porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Rm 3.23 - “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.
Os espíritas crêem que a salvação vem pelas boas obras e através do sofrimento, como conseqüência do comportamento em outras vidas. É a lei do carma. A Bíblia responde:
At 4.11-12 -“Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque, abaixo do céu, não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”.
Ef 2.8-9 - “Porque, pela graça, sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.
Necromancia (Evocação dos mortos)
A doutrina espírita ensina que os espíritos de pessoas já falecidas podem comunicar-se com os que permanecem vivos, aqui, na Terra. Tal ensino é falso:
Ec 9.5-6 -“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma ... ...para sempre não têm eles parte em cousa alguma que se faz debaixo do sol”.
IISm 12.23 - “Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”.
Contudo, os espíritas, por conveniência própria, tomam o Primeiro Livro de Samuel, capítulo 28, para contradizer a doutrina cristã.
ISm 28 - “Sucedeu, naqueles dias, que, juntando os filisteus os seus exércitos para a peleja, para fazer guerra contra Israel, disse Aquis a Davi: Fica sabendo que comigo sairás à peleja, tu e os teus homens. Então, disse Davi a Aquis: Assim, saberás quanto pode o teu servo fazer. Disse Aquis a Davi: Por isso, te farei minha guarda pessoal, para sempre. Já Samuel era morto, e todo o Israel o tinha chorado e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua cidade; Saul havia desterrado os médiuns e os adivinhos. Ajuntaram-se os filisteus e vieram acampar-se em Suném; ajuntou Saul a todo o Israel, e se acamparam em Gilboa. Vendo Saul o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração. Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: Há uma mulher em Em-Dor que é médium. Saul disfarçou-se, vestiu outras roupas e se foi, e com ele, dois homens, e, de noite, chegaram à mulher; e lhe disse: Peço-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele que eu te disser. Respondeu-lhe a mulher: Bem sabes o que fez Saul, como eliminou da terra os médiuns e adivinhos; por que, pois, me armas cilada à minha vida, para me matares? Então, Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Tão certo como vive o Senhor, nenhum castigo te sobrevirá por isso. Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel. Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher disse a Saul: Por que me enganaste? Pois, tu mesmo, és Saul. Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês? Então, a mulher respondeu a Saul: Vejo um deus que sobe da terra. Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou. Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então, disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se desviou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso, te chamei para que me reveles o que devo fazer. Então, disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o Senhor te desamparou e se fez teu inimigo? Porque o Senhor fez para contigo, como, por meu intermédio, ele te dissera; tirou o reino da tua mão e o deu ao teu companheiro Davi. Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor e não executaste o que ele, no furor da sua ira, ordenou contra Amaleque, por isso, o Senhor te fez, hoje, isto. O Senhor entregará, também, a Israel contigo, nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel, o Senhor entregará nas mãos dos filisteus. De súbito, caiu Saul, estendido por terra, e foi tomado de grande medo, por causa das palavras de Samuel; e faltavam-lhe as forças, porque não comera pão todo aquele dia e toda aquela noite. Aproximou-se de Saul a mulher e, vendo-o assaz perturbado, disse-lhe: Eis que a tua serva deu ouvidos à tua voz, e, arriscando a minha vida, atendi às palavras que me falaste. Agora, pois, ouve também tu as palavras da tua serva e permite que eu ponha um bocado de pão diante de ti; come, para que tenhas forças e te ponhas a caminho. Porém, ele o recusou e disse: Não comerei. Mas os seus servos e a mulher o constrangeram; e atendeu. Levantou-se do chão e se assentou no leito. Tinha a mulher em casa um bezerro cevado; apressou-se e matou-o, e, tomando farinha, a amassou, e a cozeu em bolos asmos. E os trouxe diante de Saul e de seus servos, e comeram. Depois, se levantaram e se foram, naquela mesma noite”.
Analisemos, profundamente, o que, realmente, a passagem nos diz, para, então, tirarmos as nossas conclusões. Vamos ver por partes:
1 – Saul encontrava-se desaprovado por Deus, já não tinha a Unção de Deus, além de já estar, até endemoninhado.
ISm 16.14 - “Tendo-se retirado de Saul o Espírito do Senhor; da parte deste, um espírito maligno o atormentava”.
ISm 18.10a,12 - “No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva, em casa; Saul temia a Davi, porque o Senhor era com este e se tinha retirado de Saul”.
2 – Enquanto Saul tinha a graça de Deus, foi um perseguidor do espiritismo.
ISm 28.9 - “Respondeu-lhe a mulher: Bem sabes o que fez Saul, como eliminou da terra os médiuns e adivinhos; por que, pois, me armas cilada à minha vida, para me matares?”.
3 – Depois, já sem o Espírito Santo, e porque Deus não lhe respondia, foi consultar a necromante.
ISm 28.5-6 - “Vendo Saul o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração. Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas”.
4 – A necromante não disse ter visto Samuel, mas um deus que subia da terra.
ISm 28.13 - “Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês? Então, a mulher respondeu a Saul: Vejo um deus que sobe da terra”.
5 – A mulher conhecia Samuel e fez a sua descrição. Saul, sim, entendeu que era Samuel.
ISm 28.14 - “Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou”.
6 – As palavras do versículo 15, “Samuel disse a Saul”, não são uma declaração da Bíblia, mas um registro de declaração, feito pelo escritor do livro, quanto à cena que ali se passou.
7 – As previsões feitas por “Samuel” não se cumpriram.
- Saul não morreu no dia seguinte:
ISM 30.1,10,13,17 - “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado; 10Davi, porém, e quatrocentos homens continuaram a perseguição, pois que duzentos ficaram atrás, por não poderem, de cansados que estavam, passar o ribeiro de Besor. 13Então, lhe perguntou Davi: De quem és tu e de onde vens? Respondeu o moço egípcio: Sou servo de um amalequita, e meu senhor me deixou aqui, porque adoeci há três dias. 17Feriu-os Davi, desde o crepúsculo vespertino até a tarde do dia seguinte, e nenhum deles escapou, senão só quatrocentos moços que, montados em camelos, fugiram”.
- Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus. Suicidou-se:
ISm 31.4 - “Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham os incircuncisos, e me traspassem e escarneçam de mim. Porém, o seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada, e se lançou sobre ela”.
- O seu corpo foi entregue a outros povos:
ISm 31.11-13 - “Então, ouvindo isto os moradores de Jabes-Gileade, o que os filisteus fizeram a Saul, todos os homens valentes se levantaram e caminharam toda a noite, e tiraram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos do muro de Bete-Seã e, vindo a Jabes, os queimaram”.
- Não morreram todos os seus filhos.
ISm 28.19 - “O Senhor entregará, também, a Israel contigo, nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel, o Senhor entregará nas mãos dos filisteus”.
- Permaneceram vivos: Is-Bosete
IISm 2.8-10 - “Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saul, tomou a Is-Bosete, filho de Saul, e o fez passar a Maanaim, e o constituiu rei sobre Gileade, sobre os assuritas, sobre Jezreel, Efrain, Benjamim, e sobre todo Israel. Da idade de quarenta anos era Is-Bosete, filho de Saul, quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos; somente a casa de Judá seguia a Davi”.
- Armoni e Mefibosete
IISm 21.8 - “Porém, tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aia, que tinha tido de Saul, a saber a Armoni e a Mefibosete, como, também, os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita;”.
- Morreram: Jônatas, Abinadabe e Malquisua.
ICr 10.2 - “Os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos, e mataram a Jônatas, a Abinadabe e a Malquisua, filhos de Saul”.
Podemos concluir que Samuel não apareceu. Aliás, a morte de Saul se deve, em parte, pelo que ele fez:
ICr 10.13-14 - “... e, também, porque interrogara e consultara uma necromante, e não ao Senhor, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé”.
Se Saul não consultou ao Senhor, antes a uma necromante, quem lhe respondeu? Será que foi Deus? Não, obviamente que não. É o caso de alguém pedir uma graça a um ídolo. Quem concedeu a graça?
ICo 10.19-20 - “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios”.
Observe que quem atua, por detrás das imagens de escultura, são os demônios e não Deus.
Mais uma vez, os espíritos escolhem um texto da Bíblia Sagrada para defenderem a doutrina da reencarnação. Baseados em João, capítulo três, e versículo três, defendem a reencarnação como sendo uma coisa bíblica. É o velho erro de analisar versículos isolados.
Jo 3.3-6 - “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”.
Na passagem, Jesus não está tratando do nascimento segundo a carne, isto é, reencarnação; pois diz no versículo 6: “O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito”. Logo, estava falando do nascimento espiritual, como afirma no versículo 5: “... Quem não nascer da água e do Espírito(Santo), não pode entrar no reino de Deus”.<